Notícias

Falta de equipamentos para perícia deixa investigações inacabadas

E o que acontece quando o IML nem tem sede? Em Paranavaí (PR), ele funciona em um pronto-socorro. “É evidente que aqui não é um lugar ideal para funcionar um IML, principalmente pelo tamanho do local”, admite o chefe do IML, Luiz Ricci.

O local é a administração e também o lugar para exame de vítimas de agressão ou acidentes. “Não tem como existir aquela privacidade médico-paciente. A gente procura. Claro que as duas pessoas, como estão no setor, são duas pessoas éticas, não vão sair por aí comentando”, diz Luiz Ricci.

O IML ficou dez anos funcionando no local. Logo depois da reportagem, finalmente se mudou para um prédio próprio.

Em Mato Grosso do Sul, é o carro da funerária que remove o corpo da cena do crime. João Ricardo Parreira, da Associação dos Peritos Oficiais de Mato Grosso do Sul, alerta: “Quem garante que no caminho do local do crime o corpo não possa ser violado até o IML? Não está mais sob a custódia da polícia. Está aí a funerária levando o corpo, e nesse trajeto…”

Em Bom Despacho (MG), também não existe rabecão. O tio tem que pagar para o corpo do sobrinho ser removido. “Tem que pagar a remoção do corpo até aqui, são R$ 390. É a derradeira vez que vão tirar dinheiro em um cara, sabe?”, lamenta o tio da vítima.

O IML e o Instituto de Criminalística do Rio passaram por uma inspeção do Tribunal de Contas, que determinou a contratação de empresas especializadas para manutenção dos equipamentos e recomendou um levantamento sobre a falta de funcionários. “Nós fizemos um relatório das deficiências do IML. Tinha sala que não tinha refrigeração, tinha parte de reboco caindo. Tinha sala com infiltração. Várias coisas já foram resolvidas, enumera o diretor da Polícia Técnico-Científica, Sérgio Henriques.

Já há uma licitação para a troca da cadeira de dentista quebrada. Sobre as reclamações da Justiça de Mato Grosso do Sul quanto à falta de equipamentos, o coordenador-geral de Perícias, Alberto Terra, afirma que os novos equipamentos vão ser instalados este mês. Ele diz ainda que a remoção de corpos vai mudar. “Vai se iniciar uma licitação, onde vai ser contratada uma empresa especializada para transporte desses corpos.”

Em Minas, o supervisor da Polícia Técnico-Científica. Diógenes Vieira, informa que o setor vai receber investimentos. “Os equipamentos têm sido comprados e adquiridos, têm sido feito uma distribuição conforme a avaliação dos locais onde prevaleçam a criminalidade dependendo do tipo de criminalidade presente, para que os peritos possam contar com todos os recursos.”

No Paraná, o diretor do Instituto de Criminalística, Antonio Siqueira, aposta em um projeto para resolver a série de problemas: “Há um projeto de reconstrução do Instituto de Criminalística, com contratação de novos peritos criminais para que a gente possa vencer a demanda. Hoje, nós temos crimes novos, como crimes de internet, os crimes de pedofilia, a parte do DNA, que também está aí há alguns anos dentro de um laboratório”.

Related posts
Notícias

Especialista explica porque mudança no edital de licitação da BR-381 vai atrair interessados

Professor da Fundação Dom Cabral fala da retirada do lote 8 e do novo atrativo para as empresas…
Read more
Notícias

Prevista para ser concluída em 2018, obra do Centro de Inovação de Brusque tem novo edital de licitação publicado

Obra chegou a ser considerada 98% concluída A retomada da obra de construção do Centro de…
Read more
Notícias

Pernambuco lança licitação para construção de 51 novas creches e pré-escolas

Confira quais municípios serão contemplados O Governo de Pernambuco abriu licitação para…
Read more

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *