Contratar com o poder público pode ser uma grande oportunidade para a empresa, mas é diferente de se contratar com outros particulares.
Contratar com o poder público pode ser uma grande oportunidade para a empresa, mas é diferente de se contratar com outros particulares. A contratação com o poder público é repleta de regras mais fechadas e detalhadas, diferente da contratação com particulares em que a negociação é sempre possível. Por isso, participar de licitações requer certos cuidados que vão da leitura do edital, até a compreensão do regime público de contratações.
Um caso pode ilustrar bem o que se pretende dizer e os riscos envolvidos: uma determinada empresa de sistemas de gestão, com fundada experiência na prestação de serviços para outros particulares decidiu ingressar na área pública. Para isso, adotou uma estratégia agressiva: mirou um órgão que lhe daria grande projeção, por ser bastante grande e complexo.
No pregão, a referida empresa fez lances que lhe garantiriam a vitória, talvez assumindo o risco de um contrato deficitário. O grande foco era o de conseguir o contrato a qualquer custo, já que o interesse estava em ter o órgão como seu projeto piloto e cartão de visitas para um plano bem maior de fornecimento à administração pública. Tratava-se de um investimento.
Vitoriosa, a empresa designou um responsável para iniciar o projeto. Esse responsável, logo na primeira reunião, apresentou um cronograma provisório e quais seriam as regras da execução do serviço, segundo a política da empresa. O único problema é que quem fez a política da empresa não leu o edital e nem a lei de licitações.