As empresas serão cobradas para fazer mais investimentos?
Vamos cobrar das empresas grandes investimentos. Tem de ter investimentos para dar conta da demanda, do número de pessoas que querem ter internet e não têm. E, à medida que você atende a demanda de internet, as vendas de computadores, tablets e outros dispositivos aumentam. Também tem de melhorar a qualidade. Vamos votar os regulamentos de qualidade agora em outubro, o que vai ser um avanço significativo nos próximos anos.
Como estão as negociações para a construção de uma rede integrada na América do Sul?
Essa é uma proposta que estamos trabalhando e na Futurecom vamos fazer reuniões com ministros das delegações da Argentina, Uruguai, Paraguai e Colômbia e, provavelmente, mais países, porque começamos uma discussão sobre integrar toda a América do Sul com redes de telecomunicações. Houve uma reunião com os ministérios do planejamento, preparando para a reunião da Unasul em novembro. Vamos para essa reunião, propondo também reunir os ministros de comunicações, para tirar de lá uma política para conectarmos com redes de fibra óptica ou com satélite toda a América do Sul.
Em que prazo?
Nos próximos quatro anos. Não dá para ficar esperando. Com a Argentina, Uruguai e possivelmente o Paraguai, vamos fazer uma parceria inclusive para ter novos cabos submarinos internacionais. Queremos fazer uma ligação nova com os EUA e uma ligação com a Europa. Como nós comunicamos a esses países que íamos fazer esses investimentos, Uruguai e Argentina já manifestaram que querem entrar junto conosco. Querem ajudar financeiramente e, evidentemente, ter gestão e compartilhar o tráfego. Todas essas iniciativas vão baratear o nosso tráfego internacional, a transmissão de voz e de dados.