O complexo viário em construção foi projetado para transportar pessoas e cargas com velocidade máxima de 100 quilômetros por hora. As paradas são apenas nos pedágios. Sua principal proposta é a de organizar a circulação de veículos na Região Metropolitana de São Paulo, em especial no centro expandido da capital e nas Marginais Pinheiros e Tietê. Ele obedece a três diretrizes: a interna (mais próxima das cidades), a intermediária (um pouco mais afastada) e a externa (longe das cidades). Ele tem um plano único como empreendimento, mas sua implantação se dá por etapas e fases.
Trecho Oeste
O Trecho Oeste entrou em funcionamento no dia 17 de dezembro de 2002, com a cobrança de pedágio. O valor da tarifa é de R$ 1,40 para carros de passeio e veículos comerciais. Caminhões e ônibus pagam esse valor por eixo. Independentemente da quantidade de praças e do trecho percorrido, o usuário só paga uma única vez, na saída do Rodoanel.
A Concessionária RodoAnel-CCR venceu a licitação com um deságio de 61% sobre a tarifa-teto estipulada em edital, e assumiu a operação do trecho em junho. Pagou outorga de R$ 2 bilhões ao Governo do Estado, dinheiro integralmente revertido para as obras do Trecho Sul, mas ainda deve investir R$ 804 milhões em obras de ampliação e melhorias desse trecho, como a construção de vias marginais entre as interseções da saída Padroeira e Rodovia Raposo Tavares, a construção de faixa adicional (5ª faixa) entre os trevos das Rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares.
Para a operação do Trecho Oeste foram gerados cerca de 500 postos de trabalho e outros mil empregos indiretos, o que contribui diretamente para o desenvolvimento dos sete municípios cortados por esse trecho do Rodoanel: São Paulo, Embu, Cotia, Barueri, Carapicuíba, Osasco e Santana de Parnaíba.
Entre os investimentos a serem feitos pela concessionária no Trecho Oeste constam obras que buscam acompanhar o crescimento de tráfego, entre elas a implantação de vias marginais entre as interseções da saída Padroeira e Rodovia Raposo Tavares, e a construção de faixa adicional (5ª faixa) entre os trevos das rodovias Castelo Branco e Raposo Tavares. Também serão feitas obras de recuperação de seis quilômetros da Marginal de Carapicuíba, construção de três passarelas e melhorias nos acessos da Rodovia Castelo Branco e na interseção de Padroeira.
No primeiro ano de vigência do contrato a concessionária instalou um Centro de Controle Operacional para monitorar todo o trecho, dois postos de Serviço de Atendimento ao Usuário e dois postos da Polícia Militar Rodoviária. Futuramente, serão implantados sistemas de comunicação, controle e fiscalização com a instalação de radares, praças de pesagem, radiotelefonia, call boxes , painéis de mensagens, detector de neblina, estação meteorológica e câmeras de monitoramento de tráfego. Guinchos, veículos para inspeção de tráfego e apreensão de animais, ambulâncias e viaturas para a Polícia Militar Rodoviária também estarão disponíveis. O Serviço de Atendimento ao Usuário deverá alcançar os níveis de exigência que constam no edital de concessões. Por exemplo, os primeiros socorros e o atendimento médico serão feitos em até 10 minutos, e a presença de guincho e socorro mecânico devem ocorrer em até 30 minutos.