Quatro agências de publicidade habilitadas por licitação em 2008 foram contratadas emergencialmente pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) em junho deste ano.
Quatro agências de publicidade habilitadas por licitação em 2008 foram contratadas emergencialmente pelo Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) em junho deste ano. Uma delas, a Escala Comunicação & Marketing, tem como um de seus sócios o publicitário Alfredo Fedrizzi, participante do comitê de comunicação da campanha de Tarso Genro (PT) ao governo do Estado no ano passado na condição de colaborador individual. As outras três são a Martins & Andrade, a Agência Matriz Comunicação e Marketing e a CPL Propaganda.
O governo do Estado, o Banrisul e o publicitário afirmam que não há nenhum vínculo entre a participação dele na campanha e a contratação das agências. Em nota divulgada ontem, o banco estatal explica que rompeu o contrato que mantinha com as duas agências que atendiam sua conta, em maio deste ano, com autorização da Justiça. As agências DCS e SLM tinham entre seus diretores três dos 25 acusados pelo Ministério Público Estadual de participação num suposto esquema de superfaturamento de ações de marketing do banco, descoberto pela Polícia Federal em setembro do ano passado.
Afastadas as empresas titulares, argumenta o banco, as outras agências foram chamadas em caráter emergencial para garantir anúncios no mercado publicitário. Uma nova licitação para contratação da prestadora de serviços para os próximos anos será lançada até o final do ano.
Antes disso, no entanto, é possível que o Banrisul faça outras contratações emergenciais. Em correspondência enviada ao Ministério Público de Contas, a diretoria do banco disse estar convicta da legalidade do que já fez e reforçou a disposição de elaborar contratos emergenciais para as próximas campanhas, antes da licitação, nos moldes a serem ajustados com o órgão.
Por: Elder Ogliari / PORTO ALEGRE
(Fonte: O Estado de S.Paulo)