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Britânicos apostam em venda de ‘expertise olímpica’ para o Brasil

Experiência

Entre as áreas em que os britânicos esperam obter vantagem por sua experiência olímpica estão segurança, transportes, gestão de multidões e tecnologias ‘verdes’. ‘Haverá muita demanda por serviços de consultoria nessas áreas’, acredita a cônsul britânica no Rio.

As oportunidades de negócios também seriam impulsionadas pelo fato de que, em muitos aspectos, o Brasil já está se inspirando na Olimpíada de Londres para organizar a Rio-2016.

Em especial, o foco na ‘sustentabilidade’ dos Jogos e no seu ‘legado econômico’ deve ser mantido, enquanto os chineses, por exemplo, pareciam estar mais preocupados em usar a Olimpíada de Pequim para exibir uma China moderna e poderosa.

‘O Rio está preocupado em não construir ‘elefantes brancos’, algo que também foi importante para Londres’, diz Jaime Gornsztejn, presidente da Câmara Brasileira de Comércio na Grã-Bretanha, explicando que, por isso, há amplo interesse no uso de estruturas desmontáveis nos estádios, como arquibancadas provisórias.

É claro que as especificidades de cada país limitam a reciclagem de alguns esquemas logísticos usados em Londres. No que diz respeito à infraestrutura de transporte, por exemplo, o desafio evidentemente é muito maior para o Rio do que foi para a capital britânica. A questão da violência urbana também é um ponto mais sensível para o Brasil.

‘Mas, ao sediar esses eventos internacionais, os brasileiros também precisarão lidar com riscos na área de segurança aos quais não estão tão acostumados e sobre os quais os britânicos têm amplo conhecimento – como a prevenção de atentados terroristas e crimes cibernéticos’, cita Walsh.

Parcerias

Martin Raven, ex-cônsul britânico em São Paulo que hoje oferece consultoria para empresas que querem investir no Brasil, faz o alerta de que o mercado brasileiro não é para iniciantes.

‘As oportunidades de negócio no longo prazo são amplas, mas também há dificuldades em relação à regulamentação e sistema de impostos – por isso uma parceria com empresas locais pode ser bastante útil’, aconselha.

De fato, as empresas britânicas recebem das próprias autoridades do país a recomendação de que a melhor forma de entrar no mercado brasileiro é firmando parcerias com firmas locais.

Algumas companhias da área de engenharia e arquitetura já estariam negociando projetos conjuntos com construtoras brasileiras.

‘Será complicado para as britânicas ganharem a licitação para grandes projetos de infraestrutura sozinhas – porque o Brasil já tem grandes empreiteiras que estão se mobilizando para garantir esses negócios’, acredita Raven. ‘Mas sem dúvida deve haver espaço para parcerias, consultorias, projetos de planejamento e fornecimento de materiais e equipamentos especializados.’

(Fonte: BBC)

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