O interesse foi conhecido em julho, quando um ofício encaminhado ao Conselho Gestor de PPP relatou a intenção da construtora em “participar conjuntamente na execução de estudos e projetos necessários à viabilização do empreendimento”. Na reunião, havia diversos secretários estaduais, entre eles Jurandir Fernandes, dos Transportes Metropolitanos.
O governo admitiu ter recebido a proposta, mas não informou se concederá ou não a licença à empresa. A Odebrecht disse que aguarda a publicação no Diário Oficial do Estado. Até lá, não fará comentário sobre o estudo.
Polêmica. Apelidada como a linha das universidades, a Linha 6-Laranja só teve seu traçado definido após muita polêmica. Em junho, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou que o bairro de Higienópolis, área nobre, ganharia uma estação, apesar de parte da população local resistir à ideia. Uma moradora chegou a dizer que o Metrô atrairia “gente diferenciada”.
Após semanas de discussão, Alckmin transferiu a Estação Angélica-Pacaembu, que inicialmente seria na Avenida Angélica, para a Rua Sergipe e deu a ela três saídas: uma na Rua Bahia, outra nas proximidades do Estádio do Pacaembu, e a terceira, perto da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap).
Agora, a discussão está concentrada na extensão ou não da linha até o bairro Anália Franco, na zona leste. A ampliação do trajeto, passando por bairros como Ipiranga e Mooca, aliviaria a já saturada Linha 2-Verde, que, recentemente, chegou à Vila Prudente. Mas, seja qual for o projeto final, ele deve ser tocado pela iniciativa privada.
Por: Adriana Ferraz e Nataly Costa
(Fonte: O Estado de S. Paulo)