Segundo ele, os médicos do Estado ganham piso de R$ 1,8 mil por 20 horas semanais, podendo chegar a R$ 2,5 mil com os auxílios. O salário é menor do que é pago para os médicos do município.
De acordo com Ismael, outros hospitais da região também sofrem com a falta de médicos. Ele avalia que as demissões não são devidas apenas aos baixos salários, mas também às prisões durante a Operação Hipócrates, da Polícia Civil e do Ministério Público Estadual.
“Tudo o que aconteceu desmoralizou o hospital e houve até casos de insultos a médicos que não tiveram nada a ver com o problema.” A precariedade dos prédios do conjunto e a falta de materiais também afetam os serviços. Recentemente, um laboratório teve de ser interditado por vazamento de esgoto.
De acordo com o diretor, o governo estadual anunciou investimento de R$ 72 milhões na reforma e ampliação do hospital. As obras estão em processo de licitação. Ele reconheceu que existe defasagem de salário entre o setor público e o privado, mas disse que as demissões decorreram também das mudanças introduzidas na gestão após a intervenção.
Segundo Silva, passou a haver um controle mais rigoroso da carga horária e o profissional não comprometido com as mudanças preferiu ir embora. O diretor informou que o governo estadual autorizou um concurso público para a contratação de médicos e a seleção deve ocorrer no primeiro trimestre de 2012.
Por: JOSÉ MARIA TOMAZELA, CORRESPONDENTE – Agência Estado
(Fonte: Estadão)