A proposta inicial do espaço data do secretário de Cultura anterior, João Sayad. Em 2008, ele anunciou o que seria o Teatro de Dança em frente da Sala São Paulo, na região da Luz, para ser a sede da São Paulo Companhia de Dança. Já era um projeto vultoso na época, orçado em R$ 300 milhões. “Ele nasceu, cresceu e voltou à sua origem”, define o secretário Matarazzo.
Os conceituados suíços Herzog & de Meuron, que criaram o Estádio Olímpico de Pequim, foram contratados desde o início para realizar o projeto paulistano. Na época, a escolha gerou polêmica, já que empresas brasileiras não participaram da seleção. Herzog & de Meuron começaram a concepção da obra brasileira em 2009 e estimam que o Complexo Cultural da Luz fique pronto em 2016. O desafio principal era criar um projeto para uma zona deteriorada da cidade, a cracolândia.
“O Complexo Cultural da Luz de São Paulo vai consolidar o maior distrito cultural da América Latina, compreendendo a Sala São Paulo, Pinacoteca do Estado, Estação Julio Prestes, Parque da Luz, Museu da Língua Portuguesa e Museu de Arte Sacra”, definiram os suíços. Para a construção do espaço, foi demolido o prédio onde funcionava o Shopping Luz – e onde antes abrigava a rodoviária de São Paulo. Os arquitetos receberam R$ 43 milhões pelo projeto.
O complexo prevê a construção de um teatro principal com capacidade para 1.750 pessoas, dedicado, principalmente, a apresentação de dança e ópera – e com fosso para orquestra; a sede da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim para atividades voltadas para 2 mil alunos, sala de recitais com 500 lugares, a sede, ainda, da São Paulo Companhia de Dança – de onde nasceu a ideia original -, outro teatro experimental e flexível com 400 lugares; biblioteca voltada à pesquisa sobre artes cênicas e musicais.
“É uma obra toda aprovada pelo Condephaat”, diz o secretário Andrea Matarazzo. Ele não afirma como será a direção do Complexo.
Por: CAMILA MOLINA
(Fonte: O Estado de S.Paulo)