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A batalha da madeira

A usina de Santo Antônio quer cavar um reservatório mais fundo para ter mais energia e mais ganhos, mas Jirau reage e recorre à Aneel

Depois de vencer a ameaça de morte de bagres, uma pesada disputa empresarial e até a revolta de operários nos canteiros de obras, as hidrelétricas do rio Madeira, em Rondônia, estão novamente em pé de guerra. O pivô da discórdia, desta vez, mede 80 centímetros.

É quanto a Santo Antônio Energia, responsável pela usina mais próxima de Porto Velho, quer aumentar a profundidade do reservatório, com o objetivo de gerar mais energia. A cota subiria dos recentemente autorizados 70,5 metros para 71,3 metros, de acordo com pedido em análise na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

Foi o suficiente para a empresa Energia Sustentável do Brasil, responsável pela construção da usina de Jirau, a 110 quilômetros de distância rio acima, apontar riscos estruturais no conjunto de hidrelétricas do Madeira, e a iminência de um desastre de grandes proporções, com a possibilidade de alagamento da BR-364.

“A elevação da cota de operação para 71,3 metros representa graves riscos estruturais à UHE Jirau, uma vez que a mesma não foi dimensionada para este nível. Jirau passará a não atender aos índices mínimos de segurança para a operação”, afirma documento de Energia Sustentável.

A lista de argumentos apresentados pela construtora de Jirau aponta ainda o desmatamento extra de 45 quilômetros quadrados, o equivalente a 4.500 campos de futebol. E atribui a movimentação da usina concorrente à baixa eficiência das turbinas e a economias nas escavações.

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