De Vido explicou que a licitação com as empresas privadas foi anulada porque – de acordo com a avaliação do governo Kirchner – somente uma companhia, a Claro, de um total de cinco, havia apresentado condições técnicas e de solvência para prestar o serviço. Mas, segundo ele, dar a concessão à Claro teria implicado em um “processo de concentração”.
O ministro anunciou que em breve o governo Kirchner pretende colocar o Estado argentino na exploração da tecnologia 4G. No entanto, admitiu que ainda não está definida a modalidade. “Mas possivelmente será um esquema similar ao que será aplicado com a 3G”, explicou.
Presença estatal. Desde a chegada do casal Néstor e Cristina Kirchner ao poder em 2003, o Estado argentino teve uma crescente presença na economia do país. A política de “reargentinização” dos Kirchners implicou na reestatização do Correio Argentino, das Minas de Carvão Río Turbio na Patagônia, além do Sistema Radioelétrico Nacional. Além disso, reestatizaram a totalidade dos sistemas de aposentadorias, removendo de forma compulsória os fundos de pensões.
Os Kirchners também retiraram das mãos francesas as privatizadas Aguas Argentinas, que voltaram a estar sob controle estatal.
Uma das principais reestatizações foi a da companhia aérea Aerolíneas Argentinas. em 2008. Nesta meia década, a empresa, sob a administração de integrantes de “La Cámpora”, denominação da juventude kirchnerista, apresentou um constante e crescente déficit.
Outra polêmica expropriação foi a da petrolífera YPF, em maio passado, quando a presidente Cristina anunciou a remoção taxativa da espanhola Repsol de sua subsidiária argentina.
Por: ARIEL PALACIOS , CORRESPONDENTE , BUENOS AIRES
(Fonte: O Estado de S.Paulo)