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TIM e Telebrás anunciam parceria em redes de fibra ótica

Segundo Mario Girasole, vice-presidente de assuntos regulatórios e institucionais da TIM, do investimento de R$ 250 milhões, R$ 170 milhões referem-se a infraestrutura de rede, enquanto R$ 80 milhões referem-se a direito de passagem adquiridos em leilão. As obras da TIM deverão ficar prontas até o fim deste ano. A troca não inclui pagamento de uma empresa à outra, apenas o recolhimento de impostos. As duas empresas também negociam um contrato para a Telebrás prestar serviço de transporte ponto a ponto, com o objetivo de melhorar a qualidade do serviço móvel 3G e, no futuro, 4G.

 

O trecho localizado no Nordeste, a ser cedido pela Telebrás como contrapartida, ainda será construído: depende de licitação e poderá ficar pronto apenas no fim de 2013. Segundo Bonilha, da Telebrás, a rede sairá do Piauí, passando por Tocantins, e chagará ao norte de Minas Gerais. A estrutura será montada junto a linhas de transmissão de alta tensão da Chesf. “Hoje, não tem nenhuma infraestrutura de telecomunicações (na área).”

 

A Telebrás tem acordo com outras operadoras como Telefônica/Vivo e Oi para oferecerem o PNBL. Bonilha destacou que a estatal não privilegia a TIM com o tipo de parceria anunciada ontem. Segundo o presidente da Oi, Francisco Valim, as empresas estão trabalhando para unir e expandir sua fibra óptica para atender as regiões mais remotas do País. Hoje, apenas cerca de mil municípios ainda não são cobertos pela Oi em banda larga.

 

No evento Futurecom, que está sendo realizado no Rio, Valim considerou o acesso em regiões remotas, fora das “200 ou 300” maiores cidades do País, como o grande desafio da universalização da banda larga. Ele disse também que o Brasil tem a aprender com o modelo das políticas de universalização dos EUA.

 

O diretor geral da Comissão Federal de Comunicações (FCC, na sigla em inglês, órgão regulador americano), Julius Genachowski, disse que o governo dos EUA investe US$ 4,5 bilhões por ano em universalização do acesso à internet banda larga.

 

O número chamou a atenção de Valim. “O país mais capitalista do mundo subsidia US$ 4,5 bilhões para acesso à internet. Quer dizer que acredita que a banda larga é importante”, disse. No Brasil, Valim lembrou que, na prática, a participação do setor privado no PNBL significa construir nova infraestrutura.

 

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), João Rezende, considerou a comparação difícil. Enquanto o governo americano faz investimento de forma direta, no Brasil, há exigências e incentivos para as companhias fazerem investimentos. “No nosso caso, temos usado o espectro como moeda de troca para a universalização da banda larga”, afirmou.

 

Por: MARIANA DURÃO, VINICIUS NEDER / RIO – O Estado de S.Paulo
(Fonte: Estadão)

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