A segunda fase de obras teve licitação fechada em 2012 por 1,8 bilhão de reais e previa que todas as estações estivessem prontas em 2014.
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira que vai rescindir o contrato com o consórcio responsável pela construção da Linha 4 – Amarela do Metrô da capital paulista.
Em entrevista ao jornal SPTV, da TV Globo, o governador afirmou que a quebra de contrato está “praticamente certa” e que só depende de uma reunião com o Banco Mundial, que é o financiador da obra.
O impasse na finalização das obras entre o governo paulista e o consórcio Isolux-Corsán-Corviam se arrasta há meses. Segundo a reportagem, os operários que trabalham nas futuras estações afirmam estar parados há cerca de cinco meses.
O contrato para a primeira fase das obras da Linha 4 – Amarela foi assinado em novembro de 2006 e as primeiras estações foram inauguradas em maio de 2010.
A segunda fase de obras teve licitação fechada em 2012 por 1,8 bilhão de reais e previa que todas as estações estivessem prontas em 2014. No entanto, apenas a estação Fradique Coutinho foi entregue em novembro do ano passado. As obras das estações Vila Sônia, São Paulo-Morumbi, Oscar Freire e Higienópolis-Mackenzie ainda estão atrasadas.
O consórcio Isolux-Corsán-Corviam culpa o Metrô pelo atraso nas obras. Segundo as empreiteiras, o órgão demora a entregar os projetos executivos. O Metrô nega.
Próximos passos
Pela lei, caso o contrato seja de fato cancelado, o governo é obrigado a chamar o segundo colocado na licitação. Esta empresa terá que começar as obras imediatamente e seguir determinados prazos de conclusão das estações.
A estação Higienópolis tem que ficar pronta em 10 meses, Oscar Freire, em um ano, Morumbi, em um ano e meio e a estação Vila Sônia deve que ser entregue em até dois anos.
Se a empresa não puder cumprir com esses prazos, o governo terá que fazer uma nova licitação das obras – o que pode atrasar ainda mais a conclusão.
(Fonte: Exame)