Haddad afirmou que o sistema de radares que flagram motoristas infratores do rodízio será usado para verificar quais carros licenciados fora de São Paulo circulam pela cidade por mais de 120 dias no ano. “Nosso objetivo é estancar a sangria de R$ 1 bilhão em perdas, por causa do IPVA de pessoas que moram aqui e passaram a licenciar carros fora, para escapar da inspeção. Isso está criando um desequilíbrio econômico na cidade”, justificou o prefeito. Mas ele afirmou que a extensão da cobrança para carros de fora não vai ocorrer em 2013. “É uma autorização que a Prefeitura vai ter como acionar e só será estudada a partir de 2014.”
Sobre a periodicidade dos testes, Haddad informou que vai contratar o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) para fazer um estudo. “Mas nossa intenção é seguir o período que for definido pela lei estadual que for aprovada na Assembleia Legislativa. São Paulo não pode mais pagar sozinha na Região Metropolitana pelos custos para reduzir a poluição”, argumentou o prefeito, que também pediu autorização aos vereadores para contratar uma empresa no lugar da Controlar.
“Não achamos que seja necessário um modelo de concessão (por dez anos), como é hoje. Pode ser um contrato normal, temos outros contratos de prestação de serviços com valor anual bem maior que os da Controlar (de R$ 150 milhões anuais).”
Elogios. O ano na Câmara deve começar oficialmente hoje, com a chegada do projeto. A maior parte dos vereadores elogiou a atitude do prefeito. “Ele também ‘chama’ o governo do Estado para o debate. São Paulo não pode mais ficar sozinha nesse combate à poluição”, declarou Orlando Silva, líder do PCdoB.
Floriano Pesaro, líder do PSDB, foi voz isolada nas críticas. “Os R$ 150 milhões para reembolsar os donos de carro vão sair do bolso de quem só anda a pé e de ônibus também. Isso é um absurdo, é uma medida desesperada para cumprir uma promessa de campanha.”
Por: DIEGO ZANCHETTA
(Fonte: O Estado de S.Paulo)