“Não se apresenta como razoável que um senador da República possa trocar este número de telefonemas com cidadãos voltados para a prática do crime. Não se afigura como razoável que um senador da República possa se utilizar de telefones habilitados em Miami. Não se afigura que um senador possa se valer de expediente outros para conversar com cidadãos voltados à prática do crime”, asseverou Taques em seu discurso.
A situação de Demóstenes complicou-se ainda mais neste final de semana, quando vieram a público novos trechos de gravações entre o parlamentar e o bicheiro, que se chamavam respectivamente por “Doutor” e “Professor”. As conversas revelam que ambos, inclusive, tentaram fraudar uma licitação de marketing esportivo da Copa do Mundo no Brasil.
Demóstenes Torres e Pedro Taques são ex-integrantes do Ministério Público. O mato-grossense pertenceu ao Ministério Público Federal, enquanto o democrata foi do Ministério Público de Goiás.
O Box publicado na versão impressa da Folha de S. Paulo em anexo à matéria Em sete dias, senador passa de ‘intocável’ classifica Taques como “admirador” de Demóstenes ao citar a seguinte frase do senador, proferida antes dos escândalos virem à tona: “Senador Demóstenes, eu conheço desde 1996, nas barrancas do rio Araguaia, do rio Tocantins. Nós dois fomos forjados na luta contra a criminalidade”.
(Fonte: Olhar Direto )