“São Paulo foi uma das poucas capitais que não cumpriram as metas de quinto e nono ano. Se a gente quiser ter competitividade e continuar atraindo investimentos, a educação é chave”, disse.
Secretário de Educação Básica do MEC desde o início deste ano, Callegari disse à Folha que buscará também alfabetizar todas as crianças até 8 anos (3º ano do fundamental). Dados da prefeitura indicam que 20% desses alunos não atingiram o nível.
“Uma cidade como São Paulo precisa dar o exemplo.”
O objetivo traz uma responsabilidade adicional ao futuro secretário: no ministério, ele desenvolveu programa específico para alfabetização, que prevê bolsas para professores que participarem de formação aos sábados e materiais didáticos especiais.
Ainda na gestão Gilberto Kassab (PSD), a prefeitura já havia decidido aderir ao programa, a ser iniciado em 2013.
“O sucesso dele na prefeitura dependerá muito do sucesso na alfabetização, pois utilizará um programa que ele mesmo criou no MEC”, disse Priscila Cruz, diretora da ONG Todos pela Educação.
HISTÓRICO
Antes do ministério, Callegari já havia sido deputado estadual e secretário de Educação de Taboão da Serra (Grande São Paulo).
Sua gestão em Taboão foi premiada internacionalmente por programa que prevê que professores visitem as casas dos alunos, para ampliar a interação entre as partes.
Callegari foi a segunda opção de Haddad para a pasta. A primeira foi Cleuza Repulho, secretária de São Bernardo do Campo (Grande SP).
Segundo o prefeito eleito, pesou o fato de Repulho perder a presidência da Undime (entidade que reúne secretários municipais de Educação) caso mudasse de gestão.
A desistência do nome, porém, só ocorreu após a Folha informar que Repulho é ré em processo que investiga desvio de recursos públicos.