Dona de um orçamento de US$ 14 bilhões para compras com fornecedores em 2013, a ONU já declarou que quer aumentar a participação de empresas brasileiras em suas licitações.
Dona de um orçamento de US$ 14 bilhões para compras com fornecedores em 2013, a Organização das Nações Unidas (ONU) já declarou que quer aumentar a participação de empresas brasileiras em suas licitações. De olho nessa oportunidade, a Agência Gaúcha de Desenvolvimento e Promoção do Investimento (AGDI) tem procurado assessorar as companhias do Estado interessadas em incluir seus nomes na lista de potenciais vendedores. Até o momento, o Rio Grande do Sul responde por sete das 24 marcas brasileiras aptas a negociar.
“No ano passado, o Brasil forneceu apenas 2% dos US$ 12 bilhões que a ONU comprou. A pouca participação dos empresários brasileiros pode ser justificada pelo fato de o cadastro exigido por eles ser complexo”, diz Moema Nunes, diretora adjunta de Planejamento, Programas e Captação de Recursos da AGDI. Além de ser extenso, o formulário está disponível apenas em inglês. Até por isso, a agência do governo estadual colocou à disposição, desde outubro do ano passado, uma equipe de suporte. O time ajuda no preenchimento e verifica em quais agências, fundos ou programas da ONU os produtos de determinada companhia se encaixam.
Além das sete habilitadas no Estado, quatro marcas estão fazendo o cadastramento e outras 10 se encontram em fase de prospecção. A gama de itens adquiridos pela organização é extensa. Porém, no caso do Rio Grande do Sul, o governo vê maior potencial de negócios nos setores de máquinas agrícolas, alimentos, equipamentos médios e telecomunicações. Moema, no entanto, ressalta que os resultados do trabalho devem vir no longo prazo. “A ONU costuma selecionar poucos fornecedores, mas faz contratos por um período grande. Por isso, a perspectiva é de que as empresas que estão se cadastrando agora se tornem competitivas nas licitações em um ou dois anos”, aponta a dirigente.