Solicitadas pela CGU, as informações sobre esse processo teriam sido sonegadas pela reitoria. O MPF sustenta que Santos Júnior vem tentando obstruir o acesso de órgãos de controle a dados e documentos da universidade. Por isso, pede liminar para afastá-lo do cargo. Na ação, os procuradores também pleiteiam a condenação do dirigente por improbidade administrativa, o que implicaria a perda da função pública e dos direitos políticos, além de multa.
O reitor enfrenta forte oposição na universidade. Os oito processos disciplinares no MEC apuram o envolvimento do reitor em suposto dano ao erário na execução de obras em um dos câmpus, irregularidades na aplicação de recursos de fundos de suprimentos, de processos seletivos e da fundação de apoio, além de convênios e licitações.
Numa ação, o MPF o acusa de beneficiar, com 16 contratos firmados sem licitação, um empresário do setor de publicidade. Em outra, ele é apontado como responsável por abusos com cartão corporativo. Também está sob investigação o uso da Fadex para contratações supostamente ilegais e a participação de pessoas ligadas a Santos Júnior em licitações.
Notificação. Procurado pelo Estado, o reitor informou, por sua assessoria, que soube da nova ação por meio da imprensa e que ainda aguarda ser notificado para responder às acusações e preparar sua defesa. “A impressão que se tem é que o reitor já foi condenado sem direito à defesa. O que confirma o uso político pela proximidade do processo eleitoral na instituição” diz, em nota.
O reitor argumentou que o Tribunal de Contas da União (TCU) tem aprovado as contas de sua gestão e a própria Procuradoria da República no Piauí arquivou investigações a respeito.
Por: FÁBIO FABRINI / BRASÍLIA
(Fonte: O Estado de S.Paulo)