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Quero tomar conhecimento da situação no Daerp, afirma prefeita de Ribeirão

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Folha – A exoneração do Galli é um mea-culpa da prefeitura? O órgão não funciona direito, precisa de mudanças?

Dárcy Vera – A cidade cresceu. Essa é uma opinião sua. Você às vezes tem a mania de colocar algumas palavras para eu responder aquilo que você quer. E não é isso.

Na realidade, nós tivemos neste final de semana um problema grave, aqui em Ribeirão Preto, onde vários bairros ficaram sem água, e eu tinha pedido um planejamento, para que esse planejamento fosse feito, para que a gente não deixasse de abastecer.

Portanto, a exoneração do Galli significa que ele não cumpriu, dentro do prazo que eu havia pedido.

 

Pergunta – O secretário foi localizado neste final de semana?

Dárcy – Foi localizado sim, no sábado por mim, mas eu já estava na [rua] Pernambuco [no Daerp] e passei a tarde toda na Pernambuco e parte da noite.

 

Ele esteve com você?

Dárcy – Não esteve. Estive sozinha.

 

Folha – Em relação ao poço da rua Coronel Camisão, a prefeitura detectou problema de deficiência na obra. É comum o aparecimento de areia em poços recém-perfurados?

Joaquim Ignácio da Costa Neto – Pelo contrário, pelo trabalho que foi feito pela própria empresa e o acompanhamento dos nossos técnicos, nossos geólogos, constatamos que o poço foi bem executado.

Foi só um problema de desenvolvimento, que foi solucionado agora.

Evidentemente, como eu disse, nós precisamos fazer algumas ações. O poço foi bem executado.

 

Folha – Esse aparecimento de areia é comum em poços novos?

Costa Neto – Isso acontece. O sistema de Ribeirão é por poços artesianos, exclusivamente. Problemas de quebra de bomba sempre vão ocorrer, infelizmente. Nosso sistema é assim.

Dárcy – O que acontece é que essa bomba é colocada no fundo do poço. Não é uma bomba fácil de tirar. Ela filtra essa água… Para depois… Eu, leiga, fui até lá para entender como isso funciona. Não é simplesmente “vai lá, puxa a bomba, tira areia e está pronta”.

 

Pergunta – E a captação do rio Pardo?

Costa Neto – Seria uma outra alternativa. Como nós trabalhamos com 107 poços, sempre um ou outro vai apresentar problema. Com a captação superficial isso dificilmente aconteceria.

 

Folha – Essa exoneração no Daerp tem alguma coisa a ver com a ligação dele com o ex-superintende Luiz Joaquim de Oliveira Antunes?

Dárcy – Quem indicou o Marcelo Galli [exonerado nesta segunda] fui eu. Quem indicou esse rapaz anteriormente [apontando para Costa Neto, superintendente antes do Galli] também fui eu.

 

Pergunta – Com a exoneração do Galli, quem fica no cargo?

Dárcy – Interinamente o Marco Antonio dos Santos [secretário da Administração]. Eu quero tomar conhecimento de toda a situação. Vou estudar com muito carinho a indicação de outro nome.

 

Pergunta – A exoneração aconteceu por causa desses recentes problemas nos poços?

Dárcy – Aconteceu porque eu acho que você tem que estar vivendo o problema no dia a dia. Eu passei o sábado todo lá, a tarde toda lá. O domingo…

Nós não podemos deixar a população sem água, a gente tem que ter um plano B. O que ocorreu não agradou, administrativamente fiquei muito chateada com o ocorrido. E quero que a cidade tenha o mesmo ritmo.

Quero que as pessoas tenham água na casa, eu sou mãe, eu sou mulher, eu sou dona de casa, eu entendo as dificuldades de quem não tem água em casa.

E peço desculpas à população pelo ocorrido neste final de semana. Queimar os três poços ao mesmo tempo foi uma coincidência. Afetou toda uma região. Trabalhei o final de semana inteiro correndo para solucionar o problema.

 

Pergunta – Durante o final de semana a senhora esteve acompanhando o problema de perto, o secretário esteve com a senhora?

Dárcy – Consegui localizá-lo por telefone. Eu estive pessoalmente na Amador Bueno, na Pernambuco [sedes do Daerp]. Estive pessoalmente no poço da Coronel Camisão acompanhando de madrugada o trabalho da equipe técnica.

 

Pergunta – Minha produção [da EPTV] fez um levantamento, de que em 2012 e 2013 foram 86 reparos em bombas em poços artesianos e foram gastos R$ 591 mil. Esse valor não é muito? Também não são muitas bombas?

Dárcy – Eu não sei responder tecnicamente, talvez você pudesse falar com o técnico, ele responda.

 

Pergunta – Nenhum desses reparos teve licitação, logicamente por urgência, mas isso pode ser uma má gestão do Daerp?

Dárcy – A questão da água é uma questão emergencial. As pessoas precisam da água para comer, beber, tomar banho. É uma questão emergencial. A parte técnica o próprio Joaquim pode responder.

 

Por:JOÃO ALBERTO PEDRINI

(Fonte: FOlha SP)

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