DAE e Secretaria de Obras iniciam projeto para ampliar a qualidade dos reparos
O DAE e a Secretaria Municipal de Obras irão colocar em prática um projeto com a finalidade de ampliar a qualidade do tapa-buraco. Em reunião convocada no dia 23 de março pela Comissão de Obras da Câmara, o material e a técnica que a autarquia vinha utilizando para consertar buracos – que ela mesma abria – foram considerados ineficientes. Por isso, a partir desta terça-feira (29), o DAE passará a utilizar solo-cimento confeccionado pela usina de asfalto gerenciada pela Obras.
O material servirá como sub-base da reposição do asfalto nos buracos. O solo-cimento aplicado pela autarquia nesses locais, até então, era produzido de forma manual pelos funcionários no momento e no local do conserto, fato que, segundo avaliação da comissão, prejudicava a durabilidade da massa. “Isso tornava o material menos homogêneo e mais frágil, e o asfalto acabava cedendo com pouco tempo de reparo”, explica o secretário municipal de Obras, Sidnei Rodrigues.
O assunto virou alvo de apuração por parte do Legislativo já que os buracos não param de surgir e o serviço de reparo tem sido feito repetitivamente em alguns trechos. Um dos exemplos está no cruzamento da Antônio Garcia com a Almeida Brandão, no Jardim Brasil. Lá, moradores afirmam que uma cratera se abre sempre que a chuva chega. Nessa segunda-feira (28), o serviço era novamente refeito.
Como será?
O projeto piloto em parceira com o DAE, segundo Rodrigues, prevê que a autarquia entregue todo o material comprado para a confecção de solo-cimento à usina da prefeitura, gerenciada pela Obras. A pasta, que já produzia o material para sua operação tapa-buracos, ampliará a quantidade produzida, ou seja, não haverá mão de obra ao DAE, o que deve tornar o serviço da autarquia mais eficaz. “Isso ajudaria o DAE a baixar seus custos, o que significa menos gastos para os munícipes também”, comenta Sidnei.
Demanda reprimida
Levantamento do DAE e da Secretaria de Obras aponta que há uma demanda reprimida. O atraso na operação tapa-buraco ocorreu por causa das chuvas, da falta de recursos financeiros e de materiais no final do ano passado.
“Eu tenho dois meses de atraso e o DAE parece ter uma demanda de 1.400 buracos pela cidade”, detalha Sidnei. Para tentar tirar o atraso, a Obras conta com uma licitação que visa a contratação de três caminhões, por parte da Obras, e de mais quatro pelo DAE. As equipes trarão reforço e terão mão de obra de reeducandos, com auxílio de coordenadores. “Vamos contratar algumas horas de caminhões e equipamentos. Mas isso pode mudar se a greve acabar nesta semana e o pessoal voltar ao trabalho”, comenta Sidnei.
A expectativa é de que, com o reforço, o trabalho em conjunto da Obras e do DAE tape até o dia 15 de maio a maior parte dos buracos existentes nas ruas da cidade. Participaram da reunião os vereadores Sandro Bussola, Arildo Lima Júnior (Comissão) e Fabiano Mariano, o Secretário Sidnei Rodrigues, que estava acompanhado de Gilda Carvalho, Valdomiro Fantini, Etelvino Zacarias, além de Isaar de Almeida e José Antônio Montalvão e José César Júnior, representando o DAE.
A autarquia foi procurada pela reportagem, mas não forneceu mais detalhes sobre o assunto.
Cada um com seu buraco
A Comissão de Obras da Câmara também tem cobrado a unificação das equipes da Secretaria de Obras e do DAE na operação tapa-buraco para que haja agilidade nos trabalhos. Apesar do serviço em conjunto, o secretário de Obras, Sidnei Rodrigues, diz que, neste momento, cada órgão continuará tapando seu respectivo buraco, ou seja, os buracos vazamentos de esgoto e de água são de responsabilidade do DAE. Já os causados por erosões, chuvas ou por rompimento de galerias ficam com a Obras.
(Fonte: JCNet)