“Temos de aplicar o que dá certo no mundo. Aqui não é balão de ensaio. Ao longo de 52 anos, uma dúzia de projetos foi abandonada, todos eram frutos da inteligência nacional. Foram enterrados milhões e ninguém fez abaixo-assinado”, afirmou Lins. Entre as propostas estão a criação de um centro financeiro internacional e de um polo logístico, além da construção do que o secretário chamou de cidade aeroportuária. O projeto deverá afetar sete cidades. “A essência é muito mais de crescimento e desenvolvimento econômico do que urbanístico. O mais importante é atrair investimentos. É uma empresa de consultoria e análise de gestão. As pessoas ficam assustadas porque é algo novo.”
Em entrevista, o presidente do IAB, Sérgio Magalhães, disse que “não faz sentido pensar os próximos 50 anos a partir de Cingapura”. Ele disse temer “valores adicionais que não estão explicitados”, como a ocupação do solo. “A última experiência do gênero no País foi o Plano Doxiadis (concebido por um arquiteto grego na década de 1960, sob encomenda do então governador da Guanabara, Carlos Lacerda). Foi um fracasso que resultou no abandono da zona norte e em uma expansão rarefeita.”
Indagado sobre os principais problemas urbanísticos do DF, Lins citou o crescimento desordenado em áreas periféricas e a falta de mobilidade sustentável.
A empresa de Cingapura deve receber R$ 12 milhões – o custo total ainda não foi fechado.
Por: FELIPE WERNECK / RIO
(Fonte: O Estado de S.Paulo)