Eu tenho de ter prova irrefutável da existência do ilícito para anular o contrato. Nem toda matéria jornalística tem capacidade de ter efeito jurídico. Nosso processo de validação não encontrou essa prova irrefutável da existência do cartel. Então a decisão (de tocar a obra) – e acho muito importante esclarecer isso – foi uma decisão colegiada da diretoria do Metrô com apoio do governo.
Se a Justiça fosse afastar alguém então, seria a diretoria inteira do Metrô?
Eu não acho que deva afastar ninguém. Agora, a responsabilidade pelo ato é da diretoria, em um ato apoiado pelo governo do Estado. É uma decisão de governo.
O senhor não corre risco de amanhã surgirem essas provas?
Essas empresas e algum servidor público envolvido devem ser duramente punidos. Mas as empresas têm patrimônio suficiente para indenizar o Estado.
Como a investigação foi feita? Ouvimos testemunhas e eu pedi à Justiça a abertura dos envelopes da licitação, que não achou irregularidades.
(Fonte: Estadão)