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Órgãos públicos mantêm contratos com empresas que fraudavam licitações

Todas as empresas estão sendo investigadas pela Controladoria Geral da União.

“No caso desse conjunto de empresas, não é algo episódico. A meu ver isso é um esquema articulado”, afirma Jorge Hage, ministro da Controladoria Geral da União.

“Tu bota, por exemplo, R$ 12 mil serviços num dia, acrescentando mais um real em cada serviço. E projeta isso pra 30 dias. Aí é o diabo, né?”, disse Jorge de Figueiredo, que na época prestava serviço para a Bella Vista Refeições Industriais.

Ao ser recebido pelo repórter do Fantástico, ele deu uma lista de órgãos públicos que contratavam a empresa um ano atrás: “Forneço, por exemplo, para Jardim Zoológico, forneço para a Guarda Municipal, forneço para a Polícia Civil, a gente está em todas”.

Em nota, a prefeitura do Rio afirma que os contratos com a Bella Vista foram suspensos logo depois da reportagem e que não tem contratos com as outras empresas mostradas pelo Fantástico.

Já o governo do estado do Rio informa, também em nota, que três das quatro empresas estão suspensas até o fim deste ano – não podem participar de licitações nem ser contratadas.

 

Davi Gomes, o presidente da Toesa, disse na reportagem do Fantástico que o pagamento de propina costuma ser rápido.

“Bateu o crédito na conta. No máximo 48 horas depois está na sua mão”, diz

Davi Gomes, presidente da Toesa.

 

Tanto a Toesa quanto a Rufollo estão no cadastro de empresas não idôneas da Controladoria Geral da União.

Enquanto estiverem nesta lista, as empresas não podem fechar contratos com órgãos federais, nem participar de licitações.

Mas a Toesa conseguiu uma liminar na Justiça para poder disputar concorrências.

“Da mesma maneira que gente vai pedir pra eles formatarem uma proposta acima da nossa, a nossa mais baixa, as três acima da nossa, eles pedem para a gente fazer isso para eles, diz Carlos Sarres”.

Carlos Sarres e Carlos Alberto Silva trabalhavam para a Locanty. Depois da reportagem, a empresa mudou de nome: virou Infornova Ambiental.

Ainda tem contratos  em vigor com os governos federal e do estado do Rio.

Fantástico: Por que órgãos públicos federais, estaduais e municipais continuam contratando essas empresas?

“Federais seguramente não. Se houver, você me traz, que nós vamos atrás dele”, afirma Jorge Hage.

O governo do estado, como você viu, suspendeu a Locanty durante um ano. Mas informa que os contratos assinados antes dessa suspensão continuam em vigor.

Um deles, na área da saúde, é de pouco mais de R$ 86 milhões. O Fantástico procurou a Infornova no endereço que consta no site da empresa. Ela não funciona mais lá.

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