O projeto de modernização da rede de distribuição visa trocar as tubulações antigas, algumas delas com mais de 100 anos, espalhadas pela RMR. A maioria delas é de ferro e cimento amianto, vulneráveis a vazamentos. Um exemplo disso ocorreu a partir da operação do Sistema Pirapama. Com o aumento de 50% da produção de água, as tubulações não suportaram a carga e começaram a estourar, relembra o superintendente.
Como é impossível trocar todas as tubulações necessárias sem um efetivo planejamento, os técnicos da Compesa elaboraram um cronograma de licitações para realização das obras em toda a RMR. A troca de tubulações nas Graças é apenas a primeira etapa de um pacote de obras de setorização (no valor de R$ 28,7 milhões) que, além desta ação, envolvem outras, como a implantação de macromedidores, registros e válvulas. Esse somatório de ações tem o objetivo de permitir o efetivo controle da água distribuída nos bairros, que passarão a ser isolados, ficando independente dos demais.
Além das Graças, também receberão obras os bairros do Rosarinho, Aflitos, Espinheiro, Iputinga, Madalena, Torre, Mangueira, Afogados, Mustardinha, Prado, Cordeiro, Bongi, Zumbi e Jiquiá. Serão implantados 127 quilômetros de tubulações nesses bairros, que também receberão as outras ações previstas no projeto de setorização. Ao todo, serão beneficiadas mais de 200 mil pessoas.
O bairro setorizado vai funcionar como uma célula dentro do macrossistema de abastecimento de água da RMR, que é totalmente integrado. A partir do controle operacional, a Compesa poderá identificar fugas de água, por exemplo, que são indícios de estouramento na rede. Segundo Ronaldo Castro, os serviços de manutenção serão mais rápidos e com menos falta de água. Ter os bairros isolados nos permitirá fechar apenas o registro da área do vazamento para o seu conserto, ao contrário do que ocorre hoje, quando várias regiões são afetadas simultaneamente, esclarece.
(Fonte: Governo do Estado do Pernambuco)