Denúncias apontam envolvimento de senador com Carlinhos Cachoeira. Para presidente da OAB, ele perdeu condição de falar em nome de eleitores.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Ophir Cavalcante, defendeu neste domingo (1º) a renúncia de Demóstenes Torres (PP-GO), mas o advogado do senador, Antonio Carlos de Almeida Castro, afirmou que ele não renunciará.
Gravações telefônicas da Polícia Federal mostram diálogos que indicam o envolvimento do senador com Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso em fevereiro pela PF sob a acusação de comandar um esquema de jogo ilegal em Goiás.
Para o presidente da OAB, as escutas telefônicas feitas pela Polícia Federal e divulgadas pela imprensa nos últimos dias mostram de maneira “contundente” que Demóstenes usava o cargo para defender interesses de Cachoeira.
“Gostaríamos que o senador saísse da cena política através da renúncia”, disse Cavalcante.
Ao chegar a Brasília neste domingo para um encontro com Demóstenes, o advogado Antonio Carlos de Almeida Castro foi indagado sobre se o senador irá renunciar. “O que ele disse agora por telefone é que absolutamente não pensa em renunciar”, respondeu.