“Conseguimos constatar um verdadeiro esquema que envolvia a cúpula do ministério e funcionários subalternos. Todos eles trabalhavam para viabilizar e trabalhavam no interesse das empresas conveniadas”, declarou o procurador do Ministério Público Federal, Celso Leal.
Os depoimentos de presos, nessa operação que investiga fraudes no Ministério do Turismo, trouxeram novas denúncias.
O Jornal Nacional teve acesso a três destes depoimentos, e todos mencionam Wladimir Furtado, presidente da Conectur, e a deputada Fátima Pelaes, do PMDB do Amapá. No seu depoimento, Luana Barbosa da Silva, que é sócia da Conectur, disse que ouviu de Wladimir que ele ficaria com 10% dos R$ 2,5 milhões e a deputada ficaria com a maior parte do dinheiro.
Davi Laurent da Silva Teixeira, que é sobrinho de Wladimir, disse no seu depoimento que ouviu do tio que ele, Wladimir, ficaria com 10% e que a deputada Fátima Pelaes ficaria com R$ 500 mil.
Errolflyn de Souza Paixão, vice-presidente da Conectur, também no depoimento afirmou que ouviu de Wladimir que o dinheiro só entraria na Conectur e logo sairia para a deputada Fátima Pelaes.
O repórter Ari Peixoto conversou com Errolflyn de Souza Paixão pelo telefone. E ele confirmou tudo o que disse no depoimento da Polícia Federal.
No início da noite desta quinta-feira, a deputada Fátima Pelaes divulgou uma nota falando especificamente sobre as declarações de Errolflyn Paixão. Ela repudia toda e qualquer indicação do seu nome com recebimento de recursos de empresas ou instituições ou qualquer esquema fraudulento. Ela afirma que todas as declarações são caluniosas e que irá tomar as medidas cabíveis. “Meu sigilo bancário, fiscal e telefônico estão à disposição”, diz a nota.
(Fonte: Jornal Nacional)