Segundo documentos obtidos pelo GLOBO, a nova cobertura do estádio saiu por cerca de R$ 104 milhões. A recuperação estrutural do estádio, em torno de R$ 70 milhões. As arquibancadas, R$ 68 milhões.
Além disso, novas exigências da Fifa teriam encarecido ainda mais a obra. Só essas exigências custaram outros R$ 17 milhões a mais, e os “leeds” (do telão, por exemplo) saíram por R$ 25 milhões.
O governo do estado já prestou contas desses novos valores ao TCE, que ainda não os analisou por completo. Porém, o presidente da Empresa de Obras Públicas do Estado (Emop), Ícaro Moreno, admitiu que faltou tempo para elaboração de projetos executivos (que detalhariam a quantidade de materiais e técnicas a serem empregadas).
— Num mundo ideal, precisaríamos de dois anos para fazer estudos e projetos executivos e mais quatro para executar a obra. Fizemos uma obra com alta tecnologia — diz Moreno.
corrida contra o tempo
Os projetos executivos do Maracanã foram feitos ao mesmo tempo em que a obra era tocada. Quando os operários começaram a trabalhar, em 2010, tinham como base apenas 40 plantas. De lá para cá, foram elaborados quase 20 mil projetos executivos distintos.
Com o problema detectado, ainda assim, o preço poderia ter sido menor, caso os engenheiros optassem pela técnica tradicional, em concreto, de reconstrução das estruturas. Mas, nesse caso, o trabalho seria mais demorado e poderia não ficar pronto até a data limite. A solução foi usar pré-moldados e estruturas metálicas.
O prazo original para a entrega de todos os estádios da Copa das Confederações era 31 de dezembro. A do Maracanã, após diversos atrasos, ficou para 25 de maio. Mas foi entregue à Fifa nessa data ainda com operários trabalhando — e as obras intramuros podem não ficar prontas para o torneio.
Por: Carolina Oliveira Castro
(Fonte: O Globo)