Processo de licitação do Geral e Universitário está previsto para ocorrer em março
O governador Pedro Taques (PDT) anunciou, nesta semana, que vai retomar as obras do Hospital Universitário Julio Müller (HUJM) e do Hospital Central, abandonada há 30 anos, em Cuiabá. O início do processo de licitação está marcado para ocorrer em março.
O lançamento dos processos licitatórios para a retomada de ambas as obras foi fixado no contrato que estabelece as ações prioritárias do novo secretário estadual de Cidades, o arquiteto Eduardo Chiletto, para os próximos 100 dias de gestão.
A obra que deve demandar mais atenção da secretaria é do Hospital Central, já que a estrutura erguida em 1985 deve passar por nova avaliação para a continuidade dos trabalhos.
A retomada das construções faz parte da decisão do juiz da 3ª Vara Federal, César Augusto Bearsi, que determinou que o Governo e a Assembleia Legislativa incluíssem a previsão dos recursos financeiros considerados necessários para a finalização da obra, tanto na na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) quanto na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2015.
Já a obra do Hospital Universitário foi iniciada em 2012 e teve seus trabalhos de construção paralisados depois que a Secretaria de Estado de Cidades (Secid) rompeu contrato com a empreiteira responsável pela obra, sob a alegação lentidão e baixa qualidade das obras.
Hospital Central
As obras do Hospital Central foram iniciadas em 1985, com contrato equivalente a US$ 3,8 milhões e suspensas por dois anos, após denúncia de suposto desvio de verba.
Desde então, a construção foi abandonada pelo poder público.
Em 2003, o então procurador da República e hoje governador, Pedro Taques, propôs ação para que os ex-governadores do Estado indenizassem o erário público pela obra inacabada.
Já em 2010, a construção do Hospital Central deveria ter sido retomada, conforme decisão judicial, mas apenas dois anos depois, o então governador Silval Barbosa (PMDB) assinou o procedimento de manifestação de interesse para a modelagem do projeto de estruturação do Hospital.
Uma empresa chegou a ser qualificada para firmar a Parceria Público-Privada. Contudo, o processo iniciado foi paralisado sem justificado da Secid e continua estagnado até hoje apesar da decisão judicial.
Pelo projeto atualizado em 2012, a unidade de Saúde deverá ter 120 leitos, 10 para Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) adulta, 10 para a UTI Pediátrica e seis salas de cirurgia.
Na ocasião, o Governo calculou que a execução da obra custaria de R$ 102,9 milhões, divididos em R$ 77,9 milhões em desenvolvimento, elaboração de projetos e execução da obra.
Já os outros R$ 24,9 milhões seriam destinados para compra de equipamentos e mobiliário.
(Fonte: Midia News)