Agora, a agência deve ratificar essa orientação no próximo leilão. “Se as empresas estão atrasando é porque, provavelmente, estão com excesso de obras e não têm condição de fazer no tempo necessário”, afirmou. Ele salientou que, quando essas empresas diminuírem o volume de atrasos, poderão voltar a competir.
Apesar da saída dessas três grandes empresas do setor no próximo leilão, o presidente da EPE avalia que a disputa ainda pode ser acirrada. “Temos muitos investidores, não há problema de falta de competição”, disse. “É importante que haja o maior número de empresas possível, mas é importante também que as empresas que participem dos leilões tenham condições de construir e, quem ganhar o leilão, tem que cumprir prazos”, continuou.
Conforme informou o relator da pauta da Aneel, Julião Silveira Coelho, atualmente há 117 projetos de transmissão com atrasos superiores a 180 dias. Além disso, de um total de 259 instalações concluídas nos últimos três anos, 57,5% tiveram atraso médio de 521 dias, ou seja, de quase um ano e meio.
Por: CÉLIA FROUFE/BRASÍLIA
(Fonte: O Estado de S.Paulo)