A vitória de Embraer na licitação foi questionada pelo fabricante americano Hawker Beechcraft, que alertou para a perda de empregos nos EUA no meio da campanha para as eleições presidenciais.
“Não temos uma previsão sobre quanto demorará a revisão desse processo, mas queremos resolvê-lo o mais rápido possível”, declarou Burns ao ser interrogado sobre se os EUA se pronunciarão sobre o negócio antes das eleições em seu país, em novembro.
“Queremos o melhor produto e a melhor tecnologia. Não temos dúvida que os aviões de Embraer são produtos de primeira linha e nos interessam as associações de Embraer nos EUA”, comentou ao referir-se aos acordos da empresa brasileira com a americana Sierra Nevada Corporation para equipar os Super Tucano.
Burns, que iniciou hoje uma visita oficial para preparar a viagem que a presidente Dilma Rousseff realizará aos EUA em abril, descartou que a suspensão do contrato com Embraer possa prejudicar a possível venda de caças americanos ao Brasil.
A americana Boeing, com seus caças Super Hornet F/A-18, disputa com a francesa Dassault (Rafale) e a sueca Saab (Gripen NG), uma licitação do Governo Federal para adquirir 36 caças-bombardeiros que substituirão os atuais aviões de combate da Força Aérea Brasileira.
“Não consideramos que a compra de aviões de Embraer tenha relação ou possa interferir na venda dos F-18 para o Brasil”, frisou Burns.
“Estamos convencidos que o F-18 é o melhor avião de combate do mundo e que a oferta feita pelos EUA é a melhor”, disse o subsecretário de Estado.
Segundo Burns, os EUA se comprometeram a transferir a tecnologia ao Brasil caso adquira os F-18, algo que só oferece a seus principais parceiros.
O funcionário acrescentou que a transferência de tecnologia prometida transforma a oferta americana na melhor para o Brasil.
(Fonte: Estadão)