O complexo deve começar a operar no verão de 2014-2015, no sítio da base Comandante Ferraz, destruída por um incêndio no último sábado, 25 de fevereiro.
O Brasil abrirá já nas próximas semanas uma licitação internacional para a construção de uma nova estação científica na Antártida, informou nesta quinta-feira o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
O complexo deve começar a operar no verão de 2014-2015, no sítio da base Comandante Ferraz, destruída por um incêndio no último sábado, 25 de fevereiro.
Reuters
Incêndio atinge base brasileira na Antártida
Enquanto a nova estação não fica pronta, os principais líderes da pesquisa antártica no Brasil, reunidos nesta quinta-feira em Brasília, propuseram ao governo duas formas de dar continuidade aos projetos científicos na região: alugando um terceiro navio para servir de base (o Brasil tem dois navios polares, um de pesquisa e um de apoio logístico) e transferindo equipamentos brasileiros para estações vizinhas, de países que já ofereceram ajuda.
Segundo o secretário de Programas de Pesquisa do MCTI, Carlos Nobre, a primeira medida emergencial será colocar no ar os sistemas de coleta de dados que sobreviveram ao incêndio, como o módulo de meteorologia do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Hoje esses sistemas estão ameaçados pela falta de energia.
Já no próximo dia 20, um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) levará a Ferraz painéis solares e outros equipamentos para permitir a continuidade da coleta de dados.
O ministro Marco Antônio Raupp (Ciência, Tecnologia e Inovação) também afirmou ontem que a pasta também liberar recursos adicionais para repor os equipamentos que foram perdidos no incêndio. “Teve gente que perdeu equipamento de US$ 800 mil”, disse o glaciologista Jefferson Simões, coordenadot do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera.