A carteira de pedidos engloba aviação comercial, executiva e defesa, com a primeira respondendo por cerca de dois terços do total.
A empresa tinha em junho 200 aviões comerciais para entregar a clientes, a maioria do modelo Embraer 190 de 100 passageiros. Isso representa cerca de dois anos de produção, abaixo da média histórica recente de três anos.
No segundo trimestre, a Embraer entregou 55 aviões -35 comerciais e 20 executivos, segundo divulgou nesta terça-feira.
No acumulado do primeiro semestre, as entregas totalizaram 89 aviões -56 comerciais e 33 executivos. A meta para o ano é de 105 a 110 jatos comerciais e de 90 a 105 executivos.
APOSTA EM DEFESA
A Embraer vem buscando reduzir sua dependência da aviação comercial. A maior aposta é no segmento militar, menos suscetível aos altos e baixos da economia global e com orçamentos mais estáveis de governos.
A empresa brasileira tem se aproximado da Boeing na área de defesa e nesta terça-feira, pela manhã, disse que a gigante norte-americana fornecerá sistemas de armamento para seu Super Tucano .
O avião de treinamento e combate leve é a maior esperença da Embraer para ingressar no importante mercado norte-americano, com Washington tendo o maior orçamento de defesa do mundo.
A Embraer disputa pela segunda vez uma licitação promovida pela Força Aérea dos EUA para aviões a serem usados no Afeganistão. A primeira concorrência, que tinha sido vencida pela fabricante brasileira, foi cancelada em meio a questionamentos da rival Hawker Beechcraft.
Além do Super Tucano, que já foi selecionado por 10 clientes em três continentes, a Embraer está desenvolvendo o cargueiro KC-390, seu projeto mais ambicioso no momento e que será o maior avião já fabricado no Brasil.
A Boeing também vai cooperar com o KC-390 por meio do compartilhamento de conhecimentos técnicos e avaliação de possível estratégia conjunta de vendas com a Embraer de aeronaves de transporte militar de médio porte.
Por: CESAR BIANCONI – Reuters
(Fonte: Estadão)