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Em breve, uma rede 4G para ‘inglês ver’

No início, a rede vai utilizar a frequência de 2,5 GHz (gigahertz), licitada em junho deste ano pelo valor total de R$ 2,930 bilhões. 

Seguindo o cronograma da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a rede de telefonia 4G deverá ser inaugurada no país em abril de 2013 nas seis cidades-sede da Copa das Confederações: Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Fortaleza, Recife e Salvador. Apesar da promessa de acesso à internet com velocidade de até 100 Mbps, especialistas veem a novidade com cautela e advertem sobre os desafios para a adoção da tecnologia. O pouco tempo de prazo para a instalação, a possível falta de cobertura e o alto preço dos aparelhos terminais são as principais preocupações.

— Durante os primeiros anos, vai ser para “inglês ver”. Depois, quando os smartphones baratearem, as operadoras aumentarem a cobertura e suas bases de usuários, o 4G vai ter função efetiva — avalia Eduardo Tude, sócio da consultoria Teleco.

No início, a rede vai utilizar a frequência de 2,5 GHz (gigahertz), licitada em junho deste ano pelo valor total de R$ 2,930 bilhões. Essa faixa é pouco utilizada no mundo, o que dificulta a importação e aumenta o preço final de modens, smartphones e tablets. O governo pretende licitar a frequência de 700 MHz (megahertz) para a banda larga móvel — adotada nos EUA e no Canadá —, mas o espaço é ocupado pelo sinal analógico das emissoras de televisão. Na semana passada, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, criou polêmica ao afirmar que a licitação do espectro, prevista para 2016, poderia ser antecipada para 2013 (veja quadro abaixo).

Além de pressionar o valor dos aparelhos, a frequência de 2,5 GHz exige maior investimento das operadoras. Segundo Jorge Monteiro, presidente da Superfones e especialista no mercado de telefonia, o espectro tem alcance e penetração menores que o utilizado pela rede 3G. Por isso, será necessário instalar mais antenas para criar uma cobertura semelhante à atual.

— O grande desafio será a infraestrutura da rede. Com a frequência de 2,5 GHz, ela vai precisar de mais sites. Se a faixa de 700 MHz pudesse ser utilizada, ajudaria na cobertura – explica Monteiro, dizendo ainda que a adoção da tecnologia é prematura e foi acelerada apenas para os grande eventos que o país sediará nos próximos anos. — A rede 3G é subutilizada, ela ainda não alcançou a sua plena capacidade. Quando lançarem o 4G, ele vai demorar a pegar.

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