Crime. Os médicos e funcionários do hospital classificaram a remoção como criminosa. Segundo eles, a ação não respeitou pareceres dos médicos responsáveis pelos pacientes e a vontade das famílias. “É uma questão ética. Se você assiste a um paciente, outro médico não tem o direito de vir aqui e fazer uma avaliação sobre a transferência”, afirmou Nelson Ferrão, ex-diretor do hospital exonerado há um mês após questionar o fechamento do Iaserj. Contrariando a determinação judicial, eles continuaram atendendo aos pacientes.
Ontem, o secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, defendeu a transferência dos pacientes, segundo ele, feita com a supervisão de uma junta médica. Côrtes também afirmou que a remoção aconteceu à noite para evitar manifestações “violentas”.
“Não vamos abrir mão de ter o maior centro de oncologia da América Latina por que uns poucos funcionários não querem mudar de endereço”, disse. O diretor do Inca, Luiz Antonio Santini, disse que a licitação para a construção do novo prédio está na fase final. “O cronograma dependia da transferência.”
Por: ANTONIO PITA / RIO
(Fonte: O Estado de S.Paulo)