Nas obras públicas, é possível que em parte dos casos seja recomendável fazer o projeto executivo de engenharia antes da licitação.
O presidente do Itaú Unibanco, Roberto Setubal, deu uma interessante entrevista para a Folha de 23/12/2012, na qual defendeu que o governo federal seja menos restritivo nas regras dos leilões de concessão, de maneira a permitir que as taxas esperadas de retorno dos projetos sejam mais altas.
Isso poria em movimento uma cadeia virtuosa: os empresários teriam mais interesse em investir, alavancando as obras de infraestrutura, o que aumentaria a produtividade e, por fim, garantiria a sustentação de um ritmo mais elevado de crescimento econômico.
Setubal usou ideias e termos keynesianos. “Há uma coisa que desperta o espírito animal como nada mais: o retorno que o empresário obtém. Quando tem possibilidade de retorno sobre investimento, o empresário reage imediatamente. Talvez o governo esteja sendo um pouco restritivo demais”.
Se o governo limita as taxas de retorno nas concessões, os empresários tenderiam a direcionar recursos para outros tipos de investimento, que não são tão benéficos para a produtividade e o crescimento.