Para defender-se, Moustafa partiu para o ataque.
“Sou o único árabe a dirigir uma federação internacional de esporte e isso incomoda aos europeus. Sobretudo no handebol, que é um esporte europeu”, disse o egípcio, no poder há dez anos, e chamado pejorativamente pela imprensa alemã de “Faraó”.
Moustafa tem o apoio da cúpula da IHF. Um dos que sempre deram suporte ao dirigente é o presidente da CBHb (Confederação Brasileira de Handebol), Manoel Luiz Oliveira, vice presidente da IHF para o continente.
“Sou contra corrupção, até dentro da minha casa. Mas as denúncias do passado contra Moustafa jamais se comprovaram”, defendeu Oliveira.
O brasileiro afirma que o momento de instabilidade não vai afetar as disputas do Mundial em São Paulo. “O handebol está acima de qualquer um”, declarou.
SELEÇÃO BRASILEIRA
O dinamarquês Morten Soubak, 47, técnico da seleção brasileira feminina, que estreia hoje contra as cubanas, vê o Mundial em São Paulo como o momento mais importante da modalidade no país.
“O handebol brasileiro precisa aparecer. Chegou nosso momento”, declarou o treinador.
A estrela da equipe nacional é a paulista Fernanda França, 22, artilheira da seleção na conquista do ouro no Pan do México, em outubro, com 35 gols.
Por: DANIEL BRITO
(FOnte: Folha SP)