Entregues os documentos, Reis, então, recebeu mais três parcelas de R$ 10 mil da quadrilha de Cachoeira. O projeto básico foi apreendido no computador do lobista durante a Operação Saint-Michel, deflagrada pelo MP em abril. Abreu foi preso durante a Saint-Michel e Puccini está foragido. Também foram denunciados Gleyb, Geovani, Wesley e Dagmar Alves Duarte, apontado como elo entre Reis e o esquema de Cachoeira.
A denúncia cita suposta negociação, revelada pelo Estado, entre a quadrilha e o servidor do DFTrans (empresa que gerencia o transporte no DF) Milton Martins Júnior, afastado do cargo. Segundo a denúncia, Gleyb jantou com Martins e, ao prestar contas a Cachoeira, informou que “Milton topou o negócio, mas que seria necessário acertar o porcentual e outros detalhes”. O servidor nega ter pedido propina.
Outro lado. Procurada, a Delta não se pronunciou. O porta-voz do Governo do DF, Ugo Braga, informou que o serviço de bilhetagem nem sequer chegou a ser licitado. José Walter Vasquez explicou que, de fato, se reuniu com representantes da Delta e da empresa coreana, a pedido de Reis, como fez também com outros representantes de empresas interessadas em apresentar tecnologia. Já o secretário disse que “nunca houve contrato. O que houve foi um esperto querendo enrolar o outro. Infelizmente, esse esperto me conhecia”, alegou.
Por: FÁBIO FABRINI / BRASÍLIA
(Fonte: O Estado de S.Paulo)