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CMTU vai abrir nova licitação de táxis; medida pode baratear custo para cadeirantes

A Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina (CMTU-LD) confirmou ao Portal Bonde que abrirá, ainda no primeiro semestre deste ano, uma nova concorrência pública com vagas para o serviço de táxis adaptado e convencional. Londrina tem apenas dois táxis adaptados para o transporte de portadores de deficiência física. O número é o mesmo desde 2011, quando foi aberta no município a primeira licitação para veículos com acessibilidade a cadeirantes. Um deles está em manutenção há cerca de um mês.

Apesar de não determinar ainda o número de vagas, a CMTU informou – por meio de sua assessoria de comunicação – que nem todas as vagas da última licitação foram preenchidas.

O município foi um dos dez primeiros do país a oferecer o serviço de táxi adaptado. Foram preenchidas duas das cinco vagas oferecidas na primeira concorrência. A última licitação aberta, tanto para adaptados quanto para carros convencionais, foi realizada em 2012, com quatro e 17 vagas, respectivamente. Naquela ocasião, nenhuma das autorizações para táxis com acessibilidade foi firmada.

“Abriram vaga, mas, depois que os taxistas viram o preço do carro, desistiram. Para trabalhar com táxi adaptado temos que investir três vezes mais do que nos carros comuns. E ainda não temos o mesmo retorno porque gastamos mais tempo e combustível”, explicou o taxista Dalvidi Rossi, que trabalha na cidade com um dos veículos adaptados.

Segundo Rossi, o custo aproximado de um carro com acessibilidade é de R$ 100 mil, incluindo o preço do carro (Doblo/Fiat) e as adaptações, como a instalação da plataforma para transportar os cadeirantes sem que precisem sair da cadeira, e a troca do teto, que deve ser mais alto do que o original. Além do veículo, o lance mínimo do ponto na época da licitação foi de R$ 10 mil.

Conforme o último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), de 2010, há cerca de 2 mil pessoas dependentes de cadeira de rodas em Londrina. Com o outro carro em manutenção devido a uma batida, o atendimento aos portadores de deficiência, que é a prioridade dos veículos com acessibilidade, ficou restrito e, segundo Rossi, tem dias em que um único carro não dá conta da demanda. O táxi que está parado aguarda o envio de peças da fábrica da Fiat, por isso não há previsão para voltar às atividades.

Menor custo

Rossi faz, em média, 11 corridas por dia, duas delas para cadeirantes. Revezando com outro motorista, o táxi de Rossi roda das 7h às 24h. Para ele, mais táxis adaptados em Londrina vão baratear a corrida. Isso porque com mais carros na praça seria possível atender a demanda em diferentes regiões da cidade, diminuindo a distância entre o ponto de táxi e os passageiros. “Se tivéssemos de seis a oito táxis adaptados, o custo cairia e as pessoas seriam atendidas mais rapidamente”, explica.

Seguindo o acordo estabelecido com a CMTU, os taxistas de veículos adaptados só cobram o valor do taxímetro quando os passageiros iniciam a corrida no ponto, caso contrário, é cobrado um preço fixo, baseado na quilometragem do deslocamento. “Você acha que tem condições de ir daqui [do ponto] até a Zona Norte, por exemplo, para chegar lá e fazer uma corrida de R$ 8,00? Para atravessar a cidade de um lado para outro são 30 quilômetros”, completa Rossi. De acordo com ele, o preço médio de uma corrida para cadeirante é de R$ 25,00 e o atendimento dura cerca de uma hora.

Além da distância, ele explica que o tempo gasto é maior porque cada cadeirante exige cuidados diferentes. “Cada cadeirante é um paciente, muitas vezes eu carrego, coloco o sapato e desço do 15 º andar, outras vezes eles estão na porta me esperando”, conta Rossi.

A londrinense Marli Cristina Brussolo, cadeirante há seis anos, é uma das passageiras do Dalvidi Rossi. “Eu uso o táxi quando chove, quando tenho que ir ao aeroporto, quando marco uma festa ou encontro, em lugares menos acessíveis para ir de ônibus ou de carro”, diz Marli. Ela também acha que o número de táxis adaptados no município é insuficiente, principalmente levando em conta o custo gerado pela escassez, e relata que já aconteceu dela precisar e não haver disponibilidade de táxi algumas vezes.

Atualmente, a cidade tem no total 387 veículos que operam o serviço de táxi. Os pontos dos carros adaptados ficam na rua Borba Gato com avenida Souza Naves – ponto da Unimed -, e o carro que está em manutenção fica no ponto do aeroporto. Os veículos possuem selo universal da pessoa com deficiência e dois lugares para os acompanhantes. O telefone do ponto de táxi da Unimed é o (43) 3322-8015.

Acessibilidade

Na semana passada, a Câmara Municipal de Londrina (CML) aprovou projeto de Lei que libera o tráfego de táxis pelo calçadão. A medida pretende garantir acessibilidade aos moradores dos prédios da avenida Paraná, sobretudo idosos e portadores de dificuldades motoras.

(Fonte: Bonde)

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