Ele não citou o número de funcionários da Boeing no centro, mas disse que a equipe trabalhará em parceria com universidades, centros de pesquisa governamentais e indústrias.
A Embraer será uma das parceiras da Boeing nas pesquisas desenvolvidas no local. Em junho do ano passado, as duas companhias firmaram um acordo para desenvolvimento conjunto de pesquisas para bicombustíveis sustentáveis para a aviação.
Licitação. A empresa afirmou que o anúncio da criação de um centro de pesquisa e tecnologia no País não está relacionado com a disputa da qual participa para a venda de caças à Força Aérea Brasileira (FAB), dentro do Programa FX-2.
“O centro de pesquisa e tecnologia vai muito além de qualquer decisão do governo brasileiro com relação ao FX. Se vencermos, e acho que vamos vencer, porque temos o melhor produto, este centro estará aqui no Brasil e vamos trabalhar com nossos parceiros brasileiros. E se não vencermos a competição, o centro também estará aqui e vamos trabalhar com os nossos parceiros brasileiros”, disse Donna Hrinak, que desde o ano passado ocupa o cargo de presidente da Boeing no Brasil. Donna é ex-embaixadora dos Estados Unidos no País.
Questionada se o anúncio do centro pode fortalecer a Boeing na disputa, já que a transferência de tecnologia é um dos principais pontos discutidos pelo governo brasileiro e os concorrentes, a executiva disse que “uma coisa é transferir tecnologia e outra coisa é desenvolver tecnologia”. “O que estamos falando aqui é sobre desenvolver tecnologia nova. A parte de transferência de tecnologia para a indústria brasileira em razão do Programa FX é outra coisa”, afirmou.
O governo brasileiro deve voltar a discutir nos próximos meses a compra dos caças para a FAB. O processo está suspenso desde o início do governo da presidente Dilma Rousseff. Os concorrentes são o avião Rafale, da francesa Dassault, o Gripen, da sueca Saab, e F-18 Super Hornet, da Boeing.
Em 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante visita do presidente francês Nicolas Sarkozy, anunciou a opção pelo Rafale – o que acabou ainda não se confirmando.
Por: SILVANA MAUTONE
(Fonte: O Estado de S.Paulo)