Oferta
O leilão oferecerá 11 blocos na Bacia do Ceará, totalizando uma área de 7.388 quilômetros. Com uma profundidade variando de 300 a 1.500 metros (o que caracteriza como águas profundas), a aquisição dos blocos poderá representar a confirmação de uma nova fase na produção de petróleo no Ceará, já que, desde a década de 1970, só se produz aqui em poços de águas rasas, ou seja, até 50 metros de profundidade.
Somente em 2011, a Petrobras iniciou a exploração em poços profundos, tendo perfurado dois até o momento.
A ANP está trabalhando com uma estimativa de ofertar um volume de 30 bilhões de barris de óleo in situ somente nas bacias da Margem Equatorial, formada pelas bacias da Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas e Potiguar, além da do Ceará.
Desta forma, a perspectiva é de que, desses, possam ser recuperados até 7,5 bilhões de barris de petróleo com a licitação dos novos blocos. Estas bacias são consideradas como nova fronteira exploratória. As bacias consideradas maduras no certame são Sergipe-Alagoas, Recôncavo Baiano e a porção terrestre da Bacia do Espírito Santo, que, juntas, terão ofertados 1,7 bilhão de óleo in situ.
Na bacia do Espírito Santo (que terá seis blocos em águas profundas) serão oferecidos outros 5 milhões de petróleo in situ. Ao todo, serão 11 bacias sedimentares na rodada. A expectativa do governo é de arrecadar entre R$ 1 bilhão e R$ 10 bilhões pelos bônus de assinatura durante a licitação.
Entre os 11 blocos em oferta na Bacia do Ceará, o de menor bônus mínimo está estabelecido em R$ 4,65 milhões, e o de maior ficou em R$ 8,34 milhões. O bônus de assinatura é o valor pago pela concessionária vencedora de licitação de campos exploratórios, no ato da assinatura do contrato, com a finalidade de obter permissão para realizar suas atividades de pesquisa e exploração na área arrematada.