Lentidão. Há dois dias, o diretor-geral do Cern, Rolf Heuer, confessou ao Estado sua frustração em relação ao Brasil. “Vocês (brasileiros) são muito lentos”, declarou. O diretor do laboratório deixou claro que, com o governo fora do Cern, as empresas nacionais não poderão participar do processo de licitação de peças e serviços que o acelerador de partículas em Genebra lançará a partir do próximo ano e que promete movimentar milhões de dólares. O custo da adesão do Brasil ao Cern será de apenas US$ 10 milhões por ano.
Uma situação similar foi vivida pelo Brasil nos anos 1990. O então presidente Fernando Collor de Mello foi convidado a fazer parte da construção do acelerador de partículas, sem qualquer custo e em troca de acesso a minérios que poderiam ser usados na fabricação da máquina. O processo não caminhou e o Brasil ficou de fora do maior experimento da Física moderna.
Por: JAMIL CHADE, CORRESPONDENTE / ZURIQUE
(Fonte: O Estado de S.Paulo)