Tudo para os 45 do segundo tempo -e sem licitação, é óbvio
Vendido pela imprensa como o homem que tudo sabe, administrador probo, personalidade de temperança, bom pai e amigo das criancinhas e dos bichanos, o Super-Gerdau, alter-ego de Jorge G. Johannpeter agora deu para “cagar regra” sobre saúde pública no país. Deve ser porque ele e os seus já sofreram muito em fila de hospital… Essa e outras notícias você lê em A Semana no Olhar Comunista .
Ao contrário de Dilma Rousseff, por quem foi nomeado presidente da Câmara de Políticas de Gestão, Desempenho e Competitividade, o super-herói dos “de cima” acha que os problemas de Saúde se resolvem com “gestão” -a mesma, aliás, que faz os usuários de plano de saúde também serem tratados como gado para o bom “desempenho” e a alta “competitividade” dos planos de saúde.
Não estamos imunes
Ele acerta em grande parte do diagnóstico, mas erra crassamente no remédio. O economista e professor direitista Dani Rodrik, em entrevista a O Globo , joga água fria na crença de que os chamados “países emergentes” vão “surfar” na onda da crise econômica mundial.
Para ele, o bom desempenho recente desses países, Brasil incluído, tem caráter episódico, não é estrutural. “O processo interno de deslocar a mão de obra para atividades de alta produtividade é muito lento ou esta se desloca na direção contrária. Quando olho para a América Latina e a África, não vejo o futuro muito diferente do que ocorreu no passado. Entrou-se numa nova era de crescimento, mas esses países continuam enfrentando significantes desafios, e será muito difícil de manter o crescimento em índices elevados”, diz Rodrik, que atribui ao alto preço das commodities ou à descoberta de novos recursos naturais o aparente sucesso recente do Brasil, acrescentando que “há muitos trabalhadores na América Latina em atividade em setores improdutivos ou no emprego informal”, o que, para ele, é um grande obstáculo para o crescimento futuro.