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Déda reúne-se com o presidente em exercício da Petrobras

Uma reunião para tratar de assuntos de importância vital para o Estado de Sergipe relacionados à atuação da Petrobras.

 

Essa foi a tônica da reunião mantida na tarde desta quinta-feira, 10, entre o governador Marcelo Déda e o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Guilherme Estrella, que está respondendo interinamente pela presidência da empresa devido ao período de férias do titular, Sérgio Gabrielli. O encontro, na sede da empresa, no Rio de Janeiro, também contou com a participação do gerente Executivo para o Norte/Nordeste, Cristóvão Sanches, e do assessor da direção, Ricardo Latché.

Inicialmente, o governador Marcelo Déda fez questionamentos relativos às recorrentes quedas na produção de petróleo verificadas em Sergipe. Nós observamos que nos últimos três anos houve uma queda significativa na produção de petróleo no estado de Sergipe. Isso tem afetado a arrecadação, além de criar uma série de preocupações com a atividade de exploração em Sergipe, salientou o governador, mesmo lembrando que há perspectivas positivas de futuro a partir de novas descobertas anunciadas.

Nessa queda está inclusive incluído o que tínhamos de projeção para a produção da plataforma de Piranema. Então, viemos pedir explicações sobre essa queda de produção, detalhou o governador.

Problemas operacionais
O diretor e presidente interino da empresa, ao lado dos diretores, explicou os problemas que estão sendo verificados no aspecto operacional em Sergipe. Ele também apontou os gargalos relativos à emissão dos licenciamentos ambientais. Guilherme Estrella reafirmou, ao lado do gerente Executivo para o Norte e Nordeste, que a Petrobras manterá o seu plano de investimentos, sem vislumbrar nenhuma redução nesse panorama, mas que está enfrentando alguns problemas, disse Déda.

 

Em relação à Piranema, os técnicos afirmaram que por se tratar de um projeto de vanguarda, com um tipo de exploração inédito para a Petrobras, estão ocorrendo questões operacionais que impedem a consecução dos resultados projetados.

 

No caso da Piranema, o petróleo não ocorre de forma concentrada e está distribuído em vários poços. A operação destes poços exigiu a construção de um novo projeto de plataforma, a chamada plataforma cilíndrica, que é a única em operação no mundo. Como é uma tecnologia nova, tem trazido certas dificuldades operacionais, e a empresa tem buscado aumentar seu esforço no desenvolvimento de novas técnicas para que a performance daquela unidade alcance as metas estabelecidas, disse Déda, a partir das explicações dos técnicos.

 

Segundo as explicações, a perspectiva é para que ainda em 2011, a produtividade ultrapasse os 10 mil barris/dia de petróleo, e nos próximos anos a empresa avalia que é possível retomar a meta inicial de produção de 25 a 30 mil barris/dia.

 

Já em relação à exploração em águas rasas, sobretudo nas plataformas situadas no litoral da capital e adjacências é apontado um problema relacionado ao licenciamento ambiental. Para estas plataformas, segundo os técnicos, há condições de aumentar a produção alcançando recordes históricos. Agora, para isso, é necessário o licenciamento por parte do Ibama. Há projetos que estão há três ou quatro anos sem obter os respectivos licenciamentos, sobretudo projetos de recuperação de poços maduros, com utilização de novas tecnologias para recuperar a produção. Portanto, há um gargalo no licenciamento ambiental, explicou Déda, diante do que lhe foi dito pelos técnicos da empresa.

 

No mês de abril, segundo o presidente em exercício, está prevista uma audiência pública para examinar a liberação da utilização da tecnologia de recuperação de poços nos poços mais antigos, além de autorizar o início de novas explorações. Segundo Guilherme Estrella, superando-se os gargalos ambientais, a produção não apenas retomará o seu nível, como superará recordes obtidos anteriormente pela empresa, afirmou o governador.

 

Projeto Carnalita
Outro tópico abordado na reunião referiu-se às questões do projeto Carnalita, da Vale, já que as jazidas pertencem à Petrobras que precisa renovar o respectivo contrato de arrendamento com a Vale. Há uma série de problemas no relacionamento entre as duas companhias, que constituíram um grupo de trabalho que ainda não concluiu a sua tarefa, apresentando um contrato para assinatura e permitindo que a Vale inicie o mais breve possível os investimentos do projeto em Sergipe, explicou.

 

Segundo Déda, sua meta foi demonstrar, tanto na reunião com a presidência da Vale, quanto com a diretoria da Petrobras, que este é um empreendimento absolutamente estratégico para o estado de Sergipe e que o Governo do Estado quer conhecer quais são os problemas que estão atrasando o início do projeto. Nós vamos adotar todas as medidas que viabilizem o imediato início do projeto Carnalita. O Governo do Estado não aceitará que a riqueza mineral do seu subsolo, em especial a carnalita, fique no fundo da terra sem utilização econômica e sem beneficiar o nosso estado e o nosso povo, reiterou o governador.

 

Portanto, a minha presença na Vale e na Petrobras foi no sentido de agilizar as medidas necessárias para solucionar a questão. Na Vale, eu recebi a garantia de que o projeto é prioridade, e na Petrobras, o diretor Guilherme Estrella me assegurou que na próxima semana apresentará um relatório a respeito da posição da Petrobras, para que possamos, até o mês de abri, colocar as duas companhias na mesa para buscar a solução do impasse e a prorrogação deste contrato de arrendamento que irá viabilizar os investimentos da Vale, ponderou o governador.

 

Novos investimentos
A boa notícia desta visita, segundo o governador, foi informada pela diretora de Gás e Energia da Petrobras, Graça Silva Foster, que anunciou novidades relativas ao projeto de ampliação da planta da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen).

 

A diretora nos informou que o projeto está em andamento dentro do cronograma da companhia, e que em fevereiro foi lançada a licitação para a construção desta nova planta. A previsão é para que no dia 15 de março seja emitida a licença ambiental para instalação do empreendimento, em janeiro de 2012 começe a movimentação do canteiro de obras, e em maio de 2013 seja inaugurada a ampliação da planta, iniciando a produção de sulfato de amônia na Fafen, que já produz uréia e amônia, explicou Déda.

 

Segundo ele, a expectativa inicial apresentada pela técnica, é de que a produção inicia em 875 toneladas/ dia, com uma previsão de 303 mil toneladas por ano de sulfato de amônia. Este é mais um produto da companhia em nosso estado, num investimento superior a US$ 100 milhões em Sergipe, concluiu o governador.

 

Também acompanhou o governador na reunião uma comitiva de secretários de Estado e assessores da administração estadual.

(Fonte: Governo do Estado de Sergipe)

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