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Câmara rejeita chamar ministro da CGU após denúncias em pastas

Outra reportagem afirmou que o lobista Júlio Froés atuaria dentro da pasta preparando editais, analisando processos de licitação e cuidando dos interesses de empresas que concorriam a verbas.

O plenário da Câmara dos Deputados rejeitou nesta terça-feira, por 286 votos a 111 e uma abstenção, o requerimento do DEM que pedia a convocação do ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage, para explicar as ações do órgão em relação às denúncias de irregularidades em vários ministérios do governo Dilma Rousseff. As informações são da Agência Câmara.

 

Os parlamentares começaram a debater a medida por volta das 20h20. Mais cedo nesta tarde, o líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza (PT-SP), criticou o requerimento do líder do DEM, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), que convocava Hage para prestar esclarecimentos sobre as investigações dos escândalos. “Isso é, com o perdão da palavra, uma estupidez”, disse Vaccarezza. “Nunca um ministro foi convocado para responder sobre denúncias no Plenário da Câmara, que é um lugar soberano. A oposição quer criar fato político”, acusou.

 

A crise nos ministérios
Uma reportagem da revista Veja do início de julho afirmou que integrantes do PR haviam montado um esquema de superfaturamento de obras e recebimento de propina dentro do Ministério dos Transportes. O negócio renderia à sigla até 5% do valor dos contratos firmados pelo ministério sob a gestão da Valec (estatal do setor ferroviário) e do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).

 

O então ministro Alfredo Nascimento abriu uma sindicância interna e pediu que a CGU fizesse uma auditoria nos contratos em questão. Apesar do apoio inicial da presidente Dilma Rousseff, que lhe garantiu o cargo desde que ele desse explicações, a pressão sobre Nascimento aumentou após novas denúncias. Diante de mais acusações e da ameaça de instalação de uma CPI, o ministro não resistiu e encaminhou, no dia 6 de julho, seu pedido de demissão. Em seu lugar, assumiu Paulo Sérgio Passos, que era secretário-executivo da pasta e havia sido ministro interino em 2010.

 

As investigações da Operação Voucher, da Polícia Federal, sobre desvios no Ministério do Turismo, começaram em abril, após um levantamento do Tribunal de Contas da União (TCU) que detectou irregularidades no contrato firmado entre a pasta e o Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável (Ibrasi).

 

A PF, que prendeu 38 suspeitos ao longo da operação, informou que as estimativas são de que dois terços do convênio de R$ 4,4 milhões tenham sido desviados. A proposta era capacitar 1,9 mil pessoas no Estado do Amapá. Uma das beneficiárias do esquema seria a deputada federal Fátima Pelaes (PMDB-AP), de acordo com três depoimentos de testemunhas à PF. Ela é autora de emenda que destinou R$ 4 milhões para projetos de qualificação profissional na área de turismo no Amapá. Em nota, a deputada classificou as denúncias como “caluniosas” e garantiu que seus sigilos “bancário, fiscal e telefônico estão à disposição”.

 

Já o ex-ministro da Agricultura Wagner Rossi (PMDB) surpreendeu a presidente ao pedir demissão no dia 17 de agosto, após uma série de denúncias contra sua pasta. Em sua nota de despedida, ele alegou que deixava o cargo a pedido da família e afirmou que todas as acusações são falsas, tendo objetivos políticos como a destituição da aliança de apoio à presidente e ao vice, Michel Temer.

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