A pergunta óbvia é: que tipo de negócios um funcionário público teria com uma empresa de R$ 27,5 milhões que passava por dificuldades?
Vieira e Floriano são figuras centrais da Operação Porto Seguro, que investigou a venda de pareceres e o tráfico de influência de Rosemary Noronha, ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo e amiga íntima do ex-presidente Lula.
Floriano era dono do Tecondi, o terminal portuário que está na origem da operação da PF. Por temer que o Tecondi fosse descontinuado por irregularidades na licitação, Vieira e Floriano teriam oferecido R$ 300 mil a um auditor do TCU (Tribunal de Contas da União) para que ele escrevesse um parecer favorável ao empresário, segundo a investigação da PF.
OUTRO LADO
O advogado de Vieira, Leônidas Scholz, diz que não sabia do diário nem do eventual negócio de seu cliente com Floriano. Ele afirma, porém, que não vê nenhuma ilegalidade. “É preciso saber qual era a participação societária do Paulo. Ele pode ter entrado só com trabalho.”
Edson Junji Torihara, advogado de Floriano, diz desconhecer o negócio citado por Vieira.
Por: MARIO CESAR CARVALHO
(Fonte: Folha SP)