O Uruguai lançou uma licitação de medidores inteligentes, enquanto a concessionária estatal UTE realiza um plano para equipar cada um de seus clientes residenciais com um dispositivo até o final do próximo ano.
As autoridades estão buscando 180 mil medidores inteligentes monofásicos, além de 20 mil trifásicos e software e componentes associados, juntamente com serviços de consultoria, treinamento e manutenção, de acordo com os documentos da licitação.
Os clientes poderão verificar o uso por meio da internet ou de um aplicativo.
A UTE já implantou 1 milhão de unidades e, a partir de julho, as autoridades planejam expandir o esquema para PMEs. A empresa possui cerca de 1,5 milhão de conexões de serviço, a maioria das quais residencial.
O consumo médio mensal de energia foi de 472 kWh em 2021, segundo dados do último relatório anual da empresa. O consumo residencial médio mensal foi de 231 kWh.
A geração solar distribuída cresceu rapidamente no Uruguai, passando de 2,11 GWh produzidos (1,22 GWh injetados e 889 MWh consumidos) em 2014 para 39,2 GWh (20,5 GWh injetados e 18,7 GWh consumidos) em 2021.
O segmento residencial respondeu por 122 MWh do total em 2014 (94 MWh injetados e 28 MWh consumidos), subindo para 2,88 GWh (1,84 GWh injetados e 1,03 GWh consumidos) em 2021.
As propostas vão até 5 de maio.
Em notícia relacionada, as ações de seis parques solares fotovoltaicos que têm contratos de compra de energia de 20 anos com a UTE serão leiloadas na terça-feira (28), informou a mídia Energía Estratégica.
Por meio de uma medida de liquidação judicial, o relatório disse que as autoridades vão leiloar a participação de 13,5% que a Lafemir tem nos parques, cuja capacidade instalada combinada é de 84,4 MW.
Os ativos são Giacote Arapey (12,9 MW), Dicano (13,7 MW), Fenima (11,3 MW), Petilcoran (11,3 MW), Giacote Young (25,7 MW) e Raditon (9,5 MW).
A capacidade instalada no Uruguai é de 4,91 GW, de acordo com o relatório nacional de energia de 2021 do país. A energia hidrelétrica representa 31%, a eólica 31%, a termelétrica 24%, biomassa 9% e solar 5%.
(Fonte: BNAmericas)