“Como o consórcio vencedor dessa etapa não será responsável pela construção da infraestrutura, há risco de subestimação desse custo”, alertou Nardes ao recomendar que os participantes do leilão de operação tenham responsabilidades sobre suas estimativas. “É legítimo favorecer a tecnologia que permita barateamento do custo da infraestrutura, mas o problema da baixa vinculação da proponente com esse custo é evidente.”
Pela manhã, o presidente da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), Bernardo Figueiredo, estava confiante que o edital seria aprovado pelo TCU e esperava a divulgação do edital da primeira fase do leilão do trem-bala na segunda-feira.
O executivo participou do evento “Financiamento para o Desenvolvimento”, da série Fóruns Estadão Brasil Competitivo, promovido pelo Grupo Estado em parceria com a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Segundo ele, as estações do trem-bala no Estado de São Paulo poderão ser integradas às dos trens regionais. “É muito conveniente que ocorra o compartilhamento de estações.”
Segundo ele, as conversas entre o governo federal e do Estado de São Paulo caminham bem. “Não existe dúvida do apoio do governo federal ao programa dos trens regionais e do governo do Estado de São Paulo ao TAV.”
Ainda de acordo com o presidente da EPL, o TAV não é concorrente dos trens regionais. Ao contrário, ele não tem condições de atender às demandas regionais. “São complementares.”
Por: EDUARDO RODRIGUES, SILVANA MAUTONE E WLADIMIR D’ANDRADE
(Fonte: Estadão)