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Suspeitas tocam obras em MG

Contratos com empresas investigadas por desvios da Petrobras chegam a R$ 1,7 bilhão

 

Desde que Antonio Anastasia (PSDB) assumiu seu segundo mandato como governador, em 1º de janeiro de 2011, até deixar o cargo para Alberto Pinto Coelho (PP) em 4 de abril deste ano, o governo de Minas firmou contratos de cerca de R$ 1,7 bilhão com sete das empreiteiras citadas na operação Lava Jato, da Polícia Federal. O levantamento leva em conta os registros do “Diário Oficial do Estado”, desde o primeiro dia do segundo mandato do tucano até hoje. Em geral, os contratos foram firmados com a Copasa, a Cemig e a Codemig.

 

A Odebrecht Ambiental, braço do Grupo Odebrecht, lidera o ranking das empreiteiras com contratos mais caros com o Executivo estadual. Em outubro de 2013, a empresa venceu uma licitação para realizar obras de ampliação do sistema produtor do rio Manso, responsável pelo abastecimento de água em Belo Horizonte e região metropolitana. O contrato ficou em R$ 693 milhões. Ao contrário de outras sete empreiteiras, nenhum dirigente da Odebrecht foi preso durante a sétima fase da operação Lava Jato, deflagrada há pouco mais de uma semana. No entanto, no mesmo dia, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da companhia no Rio de Janeiro.

 

A Camargo Corrêa levou, em dois contratos, mais de R$ 500 milhões. Um contrato no valor de R$ 370 milhões é para a modernização da Usina Hidrelétrica (UHE) de São Simão, que fica entre os municípios de Santa Vitória (MG) e São Simão (GO). O outro contrato é para “fornecimento parcial de materiais, das obras e serviços” do sistema de esgotamento sanitário da cidade de Ibirité, na região metropolitana. O preço: R$ 120 milhões. O presidente e o vice da Camargo Corrêa foram presos.

 

Entre diretores e presidentes, a construtora OAS teve cinco executivos presos na Lava Jato. A empreiteira faturou quase R$ 250 milhões do governo do Estado nas obras da Estação da Cultura Presidente Itamar Franco, em Belo Horizonte.

 

A Queiroz Galvão recebeu R$ 148 milhões para construir o prédio de serviços da Cidade Administrativa. No processo seletivo, a construtora apresentou preço menor do que o da Norberto Odebrecht.

 

Além dessas quatro, outras quatro companhias tiveram contratos firmados com o governo do Estado, com valores menores que R$ 100 milhões.

 

A Mendes Júnior venceu licitação para requalificar o córrego Ferrugem, em Contagem. O contrato foi firmado em R$ 60 milhões.

 

A Constran, empresa do grupo UTC Engenharia, venceu a concorrência para uma obra em Pouso Alegre e outra em Belo Horizonte. Os dois contratos ficaram em R$ 53 milhões.

 

Já a Galvão Engenharia ficou responsável por uma obra da Gasmig, no Vale do Aço, no valor de R$ 1 milhão.

 

(FOnte: O tempo)

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