“Acabamos sabendo somente na hora que esse pedaço não iria ser feito pela Eletropaulo, e sim era algo que ficou a cargo da Prefeitura. A partir daí começamos os contatos para tentar apressar. Já faz muito tempo que está assim. Muitos lojistas fizeram obras, eles próprios cimentaram”, afirma Nelson Tranquez, diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas do Bom Retiro e gerente comercial de uma loja na Rua José Paulino. “Tem que ser o mais rápido possível. Já era para ter sido, está há pelo menos dois anos nessa situação, desde que começou a obra da Eletropaulo.”
Enquanto as obras não começam, é complicado para os compradores caminhar pela calçada sem olhar para o chão – o que impede que as vitrines sejam vistas com mais cuidado, e prejudica as compras, segundo os lojistas. Carregar malas e carrinhos de compras, além de carrinhos de bebês, também é um desafio. Tranquez espera que com a revitalização das calçadas a região possa retomar o crescimento, estagnado nos últimos anos.
“A gente precisa fazer com que o bairro volte aos velhos tempos. Nos últimos três anos tivemos uma diminuição gradativa no movimento, em torno de 10%. Uma parte nós temos que creditar a isso, à dificuldade das pessoas andarem, obras constantes, demoradas, isso contribuiu para a queda do movimento”, afirmou.
Outros trechos
Depois da Rua Silva Pinto, a fiação elétrica ainda não foi enterrada. O processo está previsto para o futuro, segundo o diretor da câmara de lojistas da região, mas não há datas. Por isso, a calçada ainda não foi reformada – mas sem a realização de obras, sua situação está melhor do que a no trecho inicial da via, incluído na licitação.
Na parte em que a calçada já foi reformada pela Eletropaulo a situação geral é boa. A via está praticamente toda nivelada e há rebaixamento nas faixas de pedestres para a circulação de carrinhos e cadeiras de rodas. Em alguns pontos, já é possível ver peças de piso soltas.
Em dois pontos dentro do trecho reformado pela Eletropaulo foram encontrados problemas maiores, ambos do lado direito. Na altura do número 360, há um desnivelamento da via e um remendo, indicando que houve uma obra posterior.
A Eletropaulo diz que a obra foi concluída sem deixar desnivelamento ou falha e que não houve reclamação de lojista solicitando nova intervenção devido a alguma anomalia. Já na altura do número 550 um trecho que compreende duas lojas fechadas com tapumes não foi refeito, e há apenas areia e buracos onde deveria ser a calçada. A Eletropaulo diz que tentou fazer a reforma do passeio, inclusive negociando com o cliente e com a Associação de Lojistas, mas o cliente não removeu o tapume e assumiu a recomposição do piso ao término de sua obra.
Vistoria
A Subprefeitura da Sé esclareceu que, após a execução de reforma, a manutenção da calçada é de responsabilidade do proprietário, do inquilino, do condomínio ou da concessionária. A subprefeitura informou que uma equipe vai até o local no início da próxima semana, para averiguar e tomar as providências necessárias.
(FOnte: G1)