Sigilo. Araújo preferiu não antecipar os volumes de produção estimados para essa segunda fase do Parque das Conchas, onde a Shell produz desde 2003. Atualmente, a produção da Shell no País é de, em média, 80 mil barris de óleo equivalente por dia.
Desse total, 50 mil barris saem do Parque das Conchas. No mundo, a multinacional produz 3,2 milhões de barris diários.
Em meados de 2013 a Shell fará a primeira perfuração em seu bloco no Vale do Rio São Francisco, em Minas Gerais, onde dará início à prospecção de gás de xisto (shale gas).
A sonda de perfuração para a área está, segundo Araújo, “em contratação” com um operador instalado no Brasil, já que a empresa tem que cumprir exigências de conteúdo local.
Novos blocos. O presidente da Shell enfatizou que tem interesse em disputar todos os tipos de ativos da 11ª Rodada de Licitações de blocos de exploração de petróleo e gás da Agência Nacional do Petróleo (ANP), em maio de 2013, bem como a primeira licitação para o pré-sal, prevista para novembro do ano que vem pelo governo federal.
“Não temos ainda a definição de quais vão ser os blocos. Estrategicamente, temos interesse em todos: offshore (no mar), onshore (terrestres), no Nordeste ou na margem equatorial. Vamos esperar a definição (das áreas) e fazer a análise técnica”, disse o executivo.
A prioridade da Shell é ser operadora das áreas que arrematar, mas a atuação em parceria não está descartada.
Segundo Araújo, a empresa poderá fazer alianças ou comprar áreas já em exploração por outras companhias para crescer no Brasil.
Isso porque, a despeito de novos leilões, as áreas disponíveis para exploração deverão atingir os piores níveis em 2014.
Por: MARIANA DURÃO / RIO
(Fonte: O Estado de S.Paulo)